quarta-feira, 30 de abril de 2008
Esquecidos
Esquecidos
Dourados artifícios de meus ardis
dialogo com a pureza
estranha culpada de todo amor venenoso
desta realeza
coagiram meu argumento
estou sanada de nós
porém ato-me ao crucifixo
dos pecados fulgazes
nuvens recôncavas da idiotice suprema
prefiro mesmo a morte destes goles
leve-me inteira
não ouso mais determinar a quantidade
de veneno existente noutra boca
casei-me com as ruas de anis
masturbo todas as saudades
dou-te em versos essas minhas madrugadas febris
não sei mais tocar o sol
queimei-me no paraíso indefinido
lutei a favor dos dragões bandidos
incendiei sem nenhum calor
o abrigo de outros corpos vencidos
é chegada a hora de mudança
artifícios suados de meus quadris
dêm-me o gôzo sereno dos esquecidos.
Flor abril 2008
Flor em Flor
Volto aos primeiros raios de meu sonho
nova primeira manhã das retomadas
azul determinado de uma sina
no cortinado feroz de todas as nuvens
chegou a hora de estancar os artifícios preguiçosos da fuga
a corrente diz-me:é tempo de deviar de fulgaz enchente
áridas formas de superação
estrelas desertas de um medo só nosso
o desabrigo é a lei
a fome está nos olhos dos perdidos
estou solta e não sei levar-me
águas e cordilheiras
confundem minha estátua ambulante
o mar escurece e preciso de coragem
terra de fogo imobilizando as pegadas
de um rebanho que nem colhi
o trem esperando o ar consertar sua única roda-coração-
lamentação de muros imensos
árvores que masturbam as nuvens...
vou galopando em meus unicórnios dourados
numa patagônia próxima
calejados sonhos em vermelho
minhas casas recicláveis
onde me tranco de mim mesma
um pedaço de meu verde atingido
as mãos pintando o rupestre de minhas vontades
sobrevivência destinada a versos
entranho nas paredes as cores de meus vestígios coloridos
desenho os animais e nosso ciclo involuntário
é hora de estagnar certa rota
as cerejas estão murchas
e minha nau quer descobrir a si mesmo
desbravar um olhar intrinseco
aceitando o som do dom....
Adélia Flor 2008
domingo, 27 de abril de 2008
As curvas
Brancos péscaminhos
Quem teve a brilhante idéia de inventar os caminhos?
as pedras são sempre mais fáceis de conceber...
mas que danado o passo ergue?
se eu quiser mudar de calçada terei que atravessar a rua?
dizem que esse trajeto é bem perigoso...
oras,gosto tanto das curvas,elas dançam comigo,
me entontecem de escolhas...
talvez por ter todas as chances meu corpo dance,
cada direção difere os tons de meus pés nervosos
ritimados nuances de hesitações,
por ali por aqui por acolá!
e os pés movem e comovem o mundo...
construindo e desconstruindo passos novos
coreografias vivas,mutantes,latentes!
paralelépipedos me mordam!
é hora de traçar outro caminho
meus pés cansam rápido da mesma trilha
porém sempre levam a outra estrada
as pedrinhas especiais que tanto ensinaram
ao chão errante....
o concreto nos dá o passo
e por segundos,quando nos permitimos levitamos!
nossos passos são voadores
e nossas escolhas circudam
como as curvas que nos embaralham...
hora de perguntar
em que curva ficou tua última pedra?
ou seria em que pedra ficou tua última curva..
rsrsrsrsrsrr
embaralhei agora
até,Flor
CONTINUEREI SENDO ROMÂNTICA SIM
UlTRAPASSADAMENTE ROMÃNTICA
Virtuais sensações frustrantes
insistência nos espelhos supérfluos das madrugadas
febris empregadas do ócio
desmedidos rituais sem nexo
diálogos infundados e difundidos
atrás dessa tela não sei quem me olha
se mal sei quando os olhos brilham
que dirá sem sentir a intenção da íris
sem penetrar na condição do hesitar
quando as pestanas e as pálbebras nos dizem tanto
quando as mãos não param de mexer nos cabelos ansiosos
quando o coração vibra em todo corpo
dançando em poros dourados de saudades
há muito,os encontros eram ao vivo,
hoje,pessoas amam personagens
e se auto intitulam de tantos outros
numa peça cotidiana,constante
um mundo de possibilidades
e ficamos cada vez mais impossíveis
mais perecíveis...
saudades de tomar sorvete na esquina,
sentar num banco de praça prosear potocas
esconder o olhar envergonhado nos cabelos suados
saudades de encontrar seres humanos
não robotizados!]e encontrá-los
não a caça,mas a "laça"
as pessoas têm medo de criar laços...
uma pena.
um laço a vcs!
enlaço-me nesses meus desejos hoje ultrapassadamente românticos.
até,
Flor
Nossa luz no outro......
O que buscamos no outro?tenho tido conversas com tantas pessoas,diferentes línguas e tribos falando do mesmo assunto.Caça e caçador!Queremos luz,momentos de iluminação,tragos de insurreição,instantes do que consideramos como felicidade.Precisamos dos outros,ali inteiros e aptos a nos oferecer essa satisfação exigente.Alguns não admitem essa ânsia,outros conscientemente a alienam..deturpando desejos saudáveis...
ok ok ok,vamos a uma festa,estou solteira,me arrumo para os caras para as mulheres,ou para mim?não pode ser para os três?Naão é sempre para os homens,preciso ser caçada,mesmo que não assuma ser caçadora!será que as coisas se definem mesmo assim?como no mundo animal...
é somos animais,nosso instinto existe não dá para não enxergar,porém,pera um pouco,raciocinamos sobre o mesmo,as coisas não são tão animais assim!ENTÃO,EU ME ARRUMO PARA AS MULHERES...porque preciso competir,me auto aceitar,despertar inveja,provocar despeito....ME ARRUMO PARA OS HOMENS...porque preciso sentí-los submissos,preciso instigá-los a me desejarem loucamente..loucamente?kkkkkkkkkkk
é racional o desejo de ser admirada,cobiçada,conquistada...isso estipula relações,define comportamentos,enquadra situações....a vaidade ela dita algumas ordens de praxe,porém estamos o tempo todo dialogando com a mesma,até que ponto desencadeia nossas rupturas e nossas descobertas com relação ao outro!a caça também é intelectual,então não podemos fixarmo-nos no instinto selvagem do prazer pelo prazer desmedido,sem a percepção de satisfações além pele,de trocas emocionais que desenvolvam nosso senso crítico,não só em relação ao parceiro,bem como em realçaõ a si mesmo.essa busca é muito nossa,é nossa luz no outro que buscamos o tempo todo,quando descobrimos que tudo não passa de um grande passeio de mãos dadas,o amor em todos os seus âmbitos se tornará mais leve,e as buscas,as hesitações ou expectativas mais naturais!
Adélia Coelho abril 2008
póEsia
Nuances,antes,através...
Que me importa teu corpo nulo de vontades
se tua língua me cala
se teu olho me cola
se tua mão me colhe
se tua voz me calha
que me importa se em teu corpo
o mundo despeja o caos preciso?
na verdade nem vi o tem umbigo
em verdade bem te vi além umbigo
onde padeces de chuva concreta?
onde compareces em preces seguras?
onde envelheces teu canto suado?
tens mesmo um lugar para mim?
segues na trilha incandescente de
amores sutis
eu quero é a vaidade
eu quero é a eternidade
eu quero é a variedade
fique bem etérea lembrança
sigo em partes na nossa verdade...
Flor abril de 2008
Chega desse caso da menina Nardone
Chuva,domingo chuvoso de abril...Fantástico focando um assassinato desgastado,mídia que pergunta o por quê da curiosidade do povo, quando é ela mesma a culpada por tamanha repercussão, oportunismo ou não,esse enfoque absurdo nisso tudo acaba provocando mais e mais discurssões...que sinceramente não dizem muita coisa,a menina já está morta como tantas outras(pobres OU RICAS) que morrem todos os dias no mundo vítimas da violência estúpida QUE NOS devasta...ampliar cada passo que tomam diante desse caso não satisfaz a indignação do povo,tampouco faz justiça pois os assassinos estão soltos e ficaraão soltos,porque infelizmente rico no Brasil não sofrem penas.Uma pena,mas fazer o quê?muito bonito o trabalho da perícia,muito concentrado o trabalho da mídia,de que adianta?se a justiça prende,e por poucos dias,assassinos permanecem na cadeia,logo um abias córpios os tira,a grana paga fiança..fiança?Inafiançável no Brasil,e agora?essa eu quero ver! quero ver esse casal classe" A "numa cadeia suja e desumana como eles,mofando como o corpo daquela garotinha indefesa está agora em baixo da terra,sinceramente o fato em si foi trágico demais,mas não podemos esquecer que atrocidades são cometidas todos os dias,e não vemos metade desse aparato todo empenhados em desvendar,ou solucionar os casos mais carentes de atenção..isso sim me revolta!chega desse caso Dos NARDONE!!!CHEGAAA!deixem apobrezina descansar em paz!já que não teve muita paz enquanto vida!
Adélia Coelho abril 2008
amizade
"A vida é a arte do encontro
Mas há tanto desencontro nessa vida..."
(Vinícius de Moraes)
(Vinícius de Moraes)
"Faça uma lista dos grandes amigos
Quem você mais via a dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais..."
(Oswaldo Montenegro)
A saudade dita os dias nublados,algumas amizades que eram tão presentes,tantas que morreram em falsas promessas de fututos planejados juntos,outros morreram na verdadeira convivência,dilacerando as diferenças,implodindo as disputas mal direcionadas e a liderança doentia.Tantas ressurgem,tantas nascem dia a dia....nos vem como flores pequeninas de beira de esquina,imperceptíveis as vezes a olhos nu, mas tão valiosas se depositamos um minuto de nossa atenção sobre suas cores e perfumes....Despedidas,encontros,reencontros...esbarradas!ops!novas concepções,afinidades,imcompatibilidades,gênios fortes,papos leves,abraços eternos!amizade,ah,amizade,ainda me pertuba essa palavra...apesar de tantas tantas despedidas...sei que na essência já experimentei o sabor desse sentimento nobre,porém difícil de ser cultivado,pois apreendemos o tamanho das coisas,e não aprendemos o valor da intensidade do todo...O bom mesmo é saber que temos alguém que podemos olhar nos olhos contar estórias e histórias,tomar uma juntos,chorar qualquer desgosto,saber reparar o bom gosto,admirar e preservar o que de bom foi construído com maturidade e seriedade...e até com irresponsabilidades!
até
Flor
Ela um dia saberá disso
Noite despedaçada de Abril
Talvez fosse mais uma noite despedaçada de Abril...
a menina alongou as madeixas com o afinco das borboletas rasantes
saboreou-se ao espelho como há tempos não se via...
fechou os olhos separando as sombras,tom sobre tom
esfumaçando os sonhos maquiou um pouco o tempo
o pó da noite sobre as maçãs de seu rosto menino...
doce rosado de inútil sabedoria..
seus olhos ficaram ainda mais afoitos e sedentos
desenhou-se entre eles os mapas
de todos os absurdos pertinentes
Talvez fosse mais uma noite despedaçada de abril,
mas ela quiz pintar a boca de um mel que brilhava o desejo de outro igrediente
no traço que despertou o féu a menina da noite vestiu-se de cinza
e estampada na roupa outra menina,
séria,expressão imponente a deixava aflita
Logo,vestiu-se então de preto para disfarçar o corpo cheio de vontades
seu decote no colo despreparava qualquer teritório
ela sabia mexer bem com quem quer que fosse,
ela só não sabia disso.
então colocou seu perfume Personagens,
como poção mágica
que ainda alimentasse seus próprios devaneios
e esperou..e esperou...até que sua condição de MULHER
levou-a sem tristeza alguma ao sono profundo
talvez tenha ido a um baile distante encontrar quem sabe,
o menino despedaçado de abril
talvez tenha se divertido entre as nuvens doces e confortáveis da ilusão....
a saúde que rasga o grito,despachando a noite
os olhos cinzas caíram na madrugada
e não perceberam a alegria,
e não captaram outros rios tão esperados
a menina acordou,
quem dorme agora é o tempo...
o mês vai passar,
quem vai despertar agora,
leve-me de cara limpa e pé no chão
no próximo vento......
ela sabia mexer bem com o que quer que fosse
ela um dia saberá disso.
Adélia Coelho abril 2008
sábado, 26 de abril de 2008
Silêncio
Sim!Aceito!
Talvez seja hora de ouvir mesmo esse meu silêncio
Talvez seja hora de ouvir mesmo esse meu silêncio
despedir-me docemente de passados casos
e futuros acasos dessa insana existência
escavar os nuances desse breu que transgride
saber que minha voz faz falta onde estive
corta um pouco deste coração
que ainda teima em galopar..
Talvez seja hora de ouvir mesmo esse meu silêncio
consagrar-me na dignidade constatada do término de uma cena
travessias muitas vezes cruéis
porém responsáveis por nosso senso de direção
Nesta tarde solitária,onde o cotidiano volta a ser
o conforto fatídico familiar
sento-me em meu silêncio
girando nas ventanias artificiais
amparo-me na minha ansiosa alergia
e espirro para saudade
pois sempre de saudade vou sofrer
cativei variantes,determinantes fatores que sempre me impulsionavam
mesmo quando estive sob efeito da personagem do sol
ofuscando externamente
quando na realidade
guardo bem meus disfarces de palhacinha
Mas hoje sinto que talvez seja hora de ouvir mesmo
esse meu silêncio
auscutar seus trejeitos e o rítimo de seus desejos
meu silêncio grita desesperadamente
espirro ao ócio desta tarde sem climas
despedindo-me de todos os cotidianos
tentando deparar-me enfim com minha realidade?
desconstruo meu discurso mais uma vez
o palco mudou
a entonação agora é outra
embora fingimentos não ditassem meu coração
nesse exato momento quero fingir fugir
dessa dor incômoda e sutil
quantas cortinas não se fecham por dia?
e quantos outros lugares não precisam de iluminação?
meu peito silencia em tarde frígida,
volto ao papel massageando meus dissabores tão vis...
perambulo por esse recinto obscuro
tentando torná-lo o mais habitável possível
em cores,sonhos e objetos
desligo todos os canais hoje escuto apenas meu silêncio
e não é hora de chorar
firmemente sigo compasso sentimento
norteando meu vento
respeitando meu tempo
decodificando os alicerces
que as nuvens doaram-me nesta tarde pálida de abril
encerro aqui a prosa
meus olhos choram alergia
a saudade paralisa um pouco
e o sonho vai movendo e comovendo
este meu dia!
Flôlia abril de 2008
Flôlia abril de 2008
Porcelana em Flor
Porcelana em Flor
Namoro a expectativa
conversando comigo em espelho
devolvo a estima do sorriso em Flor
abraço o cobre suave de meus cabelos
enbarco na angústia da hesitação
apavoro o medo
desligo os canais,
durmo em paz
esqueço de viver
namoro apenas a expectativa
conversando comigo em espelho
renovo as forças da raiz cor
revigoro a luz dos olhos amor
beijo minhas sardas pinceladas
ao marrom da tarde
vou-me na delícia de ser verdadeira...
na poesia de ser Dor...
Porcelana em Flor....
Flor Lia!março de 2008
DOIS CORAÇÕES
pELES DESERTAS
Ofereço-te meus dois corações
e na fome de teus ímpetos
resguardo o néctar dos seios de investigações
não sou de teu mundo
menino devaneio
corre solto os cachos
corre solto o sexo
corre solto a solidão
pertenço mesmo ao mundo da dor
e propago meus raios em peles desertas
abrigo meus versos raros em veias poéticas
teus beijos rápidos,teus dedos rápidos
o teu olhar foge....porque eu fujo de mim no teu olhar
Ofereço-te meus dois corações
um antigo,sofrido,quebrado...
que precisa continuar queimando
para sentir-se ao corpo atado
e outro cheio,em fervor
desesperado por canto,colo e aconchego...
tenho fome de teus ímpetos
mostre-me que em poro também pode haver nosso pó
essência maior...
Resguardo o silêncio
e manifesto minha desconfiança
todos os seios de um mundo em chamas....
Flor ALi LIaMARÇO 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
AMOR AMÉRICA
Amor América
Nuvem bailaina
dançando entre os montes amarelos de teu país
menina Andina
asas brancas sob azul
ergue-se assim a música da terra
poços perdidos de água verde
surpreendem a passagem
de todas as danças do céu
o gelo personifica minha alma
azul promessa de ressurreição
Nuvem bailarina
dançando sobre os montes amarelos
esculpe as dores de toda transmutação
cactos mestres sob a quintura
das certezas violentas
sombras selvagens que racham o chão
as pedras são minhas companheiras
todos os meus labirintos são tecidos
um a um pela sabotagem
de toda frieza alheia
oferendas de pequenas senhoras
que buscam seus próprios sons
ervas em mãos calejadas
buscando a cura para uma solidão generalizada
continuo andando sem mover-me
vejo apenas uma criança a empinar uma pipa...
ela não sorri a pipa é opaca,descoloriu
castelos tão envelhecidos e trincos nas portas
naturezas sórdidas temendo um resgate
todas as frutas em tons,signos e sabores
pregando os cartazes e as catarzes
de um coração á venda
nas ruas os cheiros das mantas guardadas pelo tempo
os pequenos voltando da escola
com mochilas encantadas
mãos negras a servir o gelado doce da misericórdia
aqui estou em minha caminhada
entre campos imaginários...
abre-se então uma passagem entre os cravos
é hora de regressar
antes que os girassóis comecem a ressurgi
do cinza profundo da infertilidade,
bonequinhas de pano observam
minha volta cabisbaixa á terra frígida
faces angustiadas de lãs coloridas
as listras de todas as cobertas
trabalhadas sobre o fogo
das torrentes emocionais
um dia é possível que o frio se estabeleça
estaremos preparados...
enquanto a chuva não chora
a menina de vermelho passeia
entre as geleiras azuis das descobertas
cantarolando os vícios mais talentosos
construindo um mar de aprendizados sonoros
o gosto das verduras picantes
temperando os abraços cautelosos
de expectativas errantes
sigo entre embarcações
enterrando as flores
nas cruzes de qualquer estrada
as serras longuíquas
desmistificam os grãos
de cada fruto lançado ao amar
água de benção jorrando do peito
correntes de salvação presente
montes de sal num deserto íntimo
escoam dos jardins das pequenas flores amarelas
nesta viagem percebi
o quanto de minha natureza
exala amor américa.
Adélia Coelho abril 2008
poema feito através das fotos de Los Andes,
Guia do perfume Amor América-
PRESENTES DE POETA
À Flor Florbela
Florbela, não Espanca!
Florbela Adélia...
Suprema no poema,
Bela aquarela
Estampada no céu de anil
Que o surrealista viu
Na inconsciência
Tua pura inocência.
És Flor e Bela
Florbela.
Extrema beleza
De realeza Inundando os palácios
Entre laços
Entrelaçados
Em cavalo alado.
Em teu corpo-lascivo
Acho-me morto-vivo
Nexo perdido em
Em teu desvario
Outrora sombrio
Que entre plumas sumiu.
(Eridelson de la Serna)
Desculpa-me a audácia!
Forte abraço!
Q LINDO AMEI OBRIGADA!
terça-feira, 15 de abril de 2008
A BOLSA VERMELHA
A bolsa vermelha
a bolsa vermelha de meus sonhos
perdeu-se no mundo de qualquer desconhecido
percebi a morte me xingando de boba
entreguei minhas fotografias
entreguei o olhar e o canal de comunicação da terra
a bolsa vermelha predileta
a bolsa não me leva
aquele olhar mundano e assustado ganhou a noite!
perdi apenas o lugar que gardava os sonhos
mas e os sonhos?
esses coloridos artifícios onde estão pulando?
meus membros precisam voar para o sonho
e dessa bolsa coração
levarei talvez possível perdão.
Adélia Coelho abril 200
Inverno mais profundo
Inverno mais profundo
Domingo Chuvoso de abril
entre o susto de trovões traiçoeiros
a iluminação cruel de um relampâgo constante
a insônia insana perfurando os raios sombrios
dos deslizes de todas as cirenes
a cidade se desperta com a fúria inesperada da natureza
o céu desaba a lágrima universal
estou protegida,cama quente e peito friomas e os outros:?
esses mês traz as tempestades de todas as almas
encharcados alicerces de um inverno mais profundo
ninguém preparou o terreno
ninguém nunca prepara
soterrados morremos
consentindo com aglobalização de todos os aquecimentos
no meu tempo o inverno era em junho
abril despedaçado!
a chuva destrói tudo,larva que mata
levando uma correnteza de sonhos e saudades
tenho um teto um lençol e um leite quente
mas não canso de me perguntare quem não tem:?
a essa hora milhões de pessoas
procuram seus pedaços
escombros de uma natureza revoltada.
AdéliaFlor 2008
pEdRa
Pedr..(a)
Gostaria que se dissolvesse de minhas lembanças
Gostaria que se dissolvesse de minhas lembanças
deixasse enfim meus vazios em paz
em cada esquina ,cada imagem ou palavra
remetem a pedra de teu nome
consagrando tua imagem acesa em cheiros,pétalas e saudades
esta doença tecida por tua dor
condenou-me ao SAco OFício
de perdurar tua figura
por meus dias sedentos de sorrisos saudáveis
Você destrói-me para reconstruir-me em verso
você me consome e some em mim ainda imerso
Dissolva-se de minhas lembranças
tua mente conectou-se a minha ilusória salvação
salva-te então desses meus venenosos beijos
você não soube me amar
e quem sabe amar mesmo?
tento enterrar as mágoas
e teu olhar mouribundo naufraga minhas lembranças
poucas boas risadas que podemos dar juntos
vai-te ó passado mendigo
tenha misericórdia de meus restos de pureza
abandona teu trono realeza
cuida então de teu sofrido coração-umbigo
não posso mais....e tanto quiz apalpar esse mesmo coração bandido
entre meus carinhos
devolvendo-te a cor dos dias
jamais consegui...
não tranforma-te em fantasma...
para de me chamar em pensamento
preciso acertar o sorriso,o compasso
e desviar a rota de teu encanto sarcástico
quero paz....
se fosse simples assim,
enterro,cimento..você?jamais.
Adélia Coelho abril de 2008
Adélia Coelho abril de 2008
ERRO O ERRO CERTO
Erro o erro certo
É como se eu não pudesse mais mentir ou omitir
tudo vazasse pelos poros mais íntimos e enigmáticos
esborro por linhas consaguíneas,os vasos,as veias
a verdade segue sangue constrangendo os arbítrios,os abutres
abusando dos olhares vedados de covardia
não espero a certeza das horas vagas
despacho minhas palavras em intervenções
improviso o verbo solto
sem trabalhar a cautela
pulo em cordas bambas sem decolar os pés do chão
é como se eu não pudesse mais abraçar a tolerância pelos outro
sou juntar o pó de minhas bagunças para debaixo do sofá
sinto que se começo a limpar o final é o lixo
trancrevo,escrevo,seivo..
digo não,me defendo,me imponho...
elevo,levo,peso
Erro o erro certo
e digo não mais querer
digo já não amar
digo cansei de lutar
defaleço,esvazio,entristeço
fujo ao desvario
enfrento corrente,ente,enchente
a verdade quer sair
a verdade quer sair
Adélia Coelho 2008
TRANSE EM TRANSE
Transe em transe
O sexo de minhas borboletas mudas
incolor desejo de submergir
invejo a liberta insanidade
tu vens em pesadelos fulgazes
dizer-me do desencanto
encaixes de bem te vis dourados
alicerces inseguros de satisfações
penduro-me em teu pescoço
moreno deserto
tua liberdade é desesperadamente oca
irresponsavelmente assexuada
tu atravessa as possibilidades
ignorando todas as ânsias que te cercam
sexo de minhas borboletas imaturas
foge o olhar-foge o sentir-
o lema é o gôzo vampírico ao alheio!
vai-te morenice da madrugada
telefona agora para a possível nostalgia
paixão ou amor sem saudade é covardia!
as delícias de teus poros saciaram por instantes
a sombra que me empalidecia
ora curiosa conquista,ora febre vazia
precoces ventanias disfarçadas de sêmens
o dia chegou e não tens tempo para o amor
voa, menino Manga,
transa a tua liberdade
em transe,esconde tua dor...
Adélia Coelho abril 2008
P´rincipes?
Morenice liberta
Talvez o intuito tenha naufragado
subentendeu-se o objetivo
que não era meramente o gôzo do corpo
gostaria de ter gozado minha alma com a dele
mas ele é liberdade
e eu sou vontade
ele é desapego
e eu sou atenção
ele desencanta
e eu sou paixão
sentia-me mendigando carinhos
que deveriam ser méritos meus
escuto os bem te vis congratulando
meus devaneios febris
agarro-me com a madrugada
como que só ela pudesse respirar meus arrepios
só ela compreendesse minha busca
e codificasse meus ardis...
miscelânea de sonhos e desejos
não posso querer forrar o peito
com algodões por dentro
o doce vem mesmo de outro olhar
a inversão de etapas destrói
as possibilidades, talvez meu intuito fosse superficial mesmo,
gozar de meus prazeres para por instantes
esquecer do enterro, que meu peito teima em adiar
agora?o corpo padece de alma!
quer gozar de alma
a morenice das noites nao procura mais
a candice dos dias ,porque o puro tornou-se concreto demais
a conquista padeceu de objetividades
Jaz um peito môrno ;brincando forçosamente de paraíso
noutro corpo estranho...
a felicidade chega...
se começamos a não rotular
sua vestimenta e descolorir de vez todos os cavalos brancos
príncipes?são atores de peito burro!
Adélia Coelho abril 2008
....
sensações
Percebo minha família mais claramente
meu quarto,os vícios,o auto controle,os pequenos momentos
que definem meu bem estar
e constato como sou feliz
e constato o quão rápido podemos perder esta felicidade
isso é que mais me dói,
o celular já voltou
a máquina também voltará
as bolsas,os óculos...tudo!
mais estou valorizando mais o lugar onde me encontro
as pessoas que me amam
meu coração talvez tenha mesmo enterrado o tempo de Pedr..(a)
talvez o sentimento nunca finde
porque não preciso desamá-lo para viver sem ele.
preciso apenas despertar de meu sono consciente
porque ele continuará dormindo,
naufragando em sofrimento
neste jogo mórbido e sadomasoquista
tentando mesmo sem querer me derrubar outra vez
fui cruel com verdades e mentiras
tentando afastá-lo porque preciso de saúde emocional
e de me apaixonar de novo....
AdéliaFlor 2008
o CONCRETO É ABSTRATO
O que tenho de mais concreto é a abstração de meus poros
os arrepios desmedidos de qualquer verso de beira de esquina
assaltaram o que em mim dizia-se palpável
a infinitude de meus dilemas continua a ditar a ordem de meus valores.
Aqui nesta mesma carcaça de sóis,reencontro a senhora lamento
com seus encantos tão cansados
sua pele tão jovem e arduamente escondida em agudos cabelos brancos
que felicidae sinto ao ver minhha loucura sorrindo,
beijá-la,ter o seu colo,o seu cheiro,tudo isso tão vivo
levaram apnas a matéria arruinada do caoso amor está tão vívido,
tão vívido tão bom falar com a doçura da infância senti a transformação da natureza
a maturidade dos versos que em outra flor plantei
O que tenho de mais concreto é a abstração desta travessia
os rítmos dos dons que percebo nas esquinas
as mesmas esquinas nos dizem tanto
coisas fáceis como cozinhar uma massa numa tarde chuvosa
inventando os tempos de nossa própria essência
simples racionalidade entranhada nos mosaicos arcaicos de meu lar
abraço o amigo cão,esquecido pelo tempo
virou gente rapidinho,mas o melhor dos bichos
guarda o amor incondicionalmente verdadeiro
sinto esse amor em meu velho Chico,seu olhar falante
penetra de carinhos e emoções meu instante
pareço para meu cão cão a mais doce de todas as criaturas
a cada lambida de agradecimento por um minuto de atenção
faço massagens em Chicório e me transporto para seu universo de paz
onde já não sinto dor onde invejo sua natureza sábia
onde vejo a felicidade....o que tenho de mais concreto é abstração dessas sensações!
esse é meu ticket!minha passagem!minha entrada!
FLOR--2008
FLOR--2008
perfeitosssssssssssssss
A perfeição
Analisem minha silhueta
Analisem minha silhueta
meçam a cintura ideal de meus deslizes
então?eu sirvo para você?
rasgue uas roupas hipócritas e olhe-se no espelho
você possue esfoliações por todo corpo
não percebe?
seus preconceitos enraízados de plenitude
o buraco que sentevocê mesmo cavou!
perdão menininho,
não estás procurando alguém pra amar
o que guardas há tanto tempo
é o que tens para si mesmo!
e por que não deságua?
cuidado na implosão do verbos
cuidado ao invadir o campo alheio
a perdição é prejudicial ao alheio
porque sempre envolvemos terceiros
para forrarmos nossos ocos desesperados
doa a quem doer!
a perfeição denigre tua imagem!
a perfeição é cruEl!
segue então,a escolha é tua
os castelos até podem existir
se já dissolvemos todos os venenos
nele existentes.
Adélia Coelho abril de 2008
Adélia Coelho abril de 2008
Desisto!
0 que é enfim estar apaixonado por alguém
e como isso se define?
as palavras inibem as ações
as ações podam as palavras
como optar por um meio termo que respeite o ser humano em sua unidade-amor?
vejo as esquinas das fugas repletas de dores coloridas
esbarro na liberdade vaidosa que me explica:
a natureza é simples..e nada precisa ser definido
tão profunda é minha mágoa pela superficialidade alheia
culpam a pobre natureza das culpas infundadas
estou tão grandiosamente diminuída
pelos corpos mutilados de uma prazer supérfluo
mouribundos desejos de purificação
enterro agora todas as lágrimas difundidas
num travesseiro raso e denso
desejei uma morenice que aceitasse minha candice
errei na avaliação do que é mesmo a liberdade
como estar solto é leve ,e nos pesa tanto
tudo diverge o tempo todo
constato mais uma vez!
não sou mesmo desse mundooo
e choro,choro ,choro
numa tempestade compulsiva de dores,
todas juntasas novas,as futuras as antigas
miscelânea de consagrações, ao ócio vítimado pelo caos
permito a entrada das naus libertinas em meu coração
atraco as feridas nas entranhas das idas e vindas do sexo
o que é enfim estar amando alguém?
encontro ansiedades passageiras,
fulgazes desejos de suprir a carência congênita do mundo...
descartem tudo que for palpável!joguem fora este coração usado
malbarateiem a carne!!
a carne é suja!enoja-me os suspiros que piram!
este corpo imundo suado de pecados consentidos!
permitir que estranhos tentassem forrar meu destino oco
abracei causos e casos tentando enterrar os cheiros antigos
enfrentei a árvore disnorteada do antigo beijo
disse a que vim..a que veio...
não doei mais meus frutos ao amor passado
mas pequei ao correr por entre os becos errôneos
das bocas de outros vazios temperados de farsa
não consigo ver a verdade dos encontros furtivos
do bem querer por instantes
não consigo compreender os arrepios que morrem de um dia para outro!
sem sequer ter nascido a coragem!
como pode o ser humano ser tão intrísecamente burro?
deusa?eu?faz-me rir novo caro rapaz,baratos são teus momentos vislumbrados de ânsias
toma-as, as ânsias são tuas!guarda tuas expectativas no teu peito
escrava tua liberdade arcaica...-meu modernismo?
ele não existe dentro de mim
fora :toda imagem ou palavra transcende,dentro de minha existência
tradicionalmente ergo algumas partes de meus palacetes desconstituídos pelo tempo
colho os resíduos de minha vergonha, por entregar meu mundo a cavalos incolores
sem príncipes,sem histórias!querendo apenas suprir o não desse chão agora
suprir apenas o gosto azedo das horas infindas
sinto uma dor tão descaradamente burra tão imbecilmente..
(menti)ridícula!minha dor é minha sim!!
única coisa a qual ainda me pertence
e não tenho o direito de querer dividí-la com ninguém
disseminando assim..as experiências malditas que tenho tido
as noites mal vistas, onde descarreguei meu líquido no cais de rios bandidos
agora?me perguntam em que lugar isso tudo vai dar!?
isso não me levou a nada!é tudo simples e minha liberdade me dita as formas!
os beijos são apenas desculpas..
os corpos?apenas pequenos abrigos..
não é preciso falar nada..as coisas vão..o mar e o vento levam pra que lado for...
e de que lado for..as coisas também voltam,
e mesmo inconscientemente aprendemos!
apreendemos nosso conceitos..pré definidos ao léu..
percebemos nosso réu
E CORREMOS SIM DE SENTIR O PROFUNDO
BEIRANDO-NOS NO RASO...
medo de afogarmo-nos em nossas vontades mais entranhadas
receio da dança completa!saciamo-nos com partes de nós em partes de outros
repartidas entidades de reprimidos desejos,forjados sonhos,filosofias de vida
onde a estrada é a casa,onde a percepção é o desgarramento físico
mitificamos o óbvio...amplio a correnteza alheia,impondo-me
provocando mundos sombrios...despertando a falsa moral dos preconceitos guardados
a partir de agora o que vai acontecer?
existe a tentavida do amor?
e a paixão,os poros excêntrios de todos os gritos comedidos
eles também facilmente se enterram?
medo de racionalizar os verbos emotivos dos carinhos insanos!
medo de compromissar as palavras ditas sem pensar!
medo de enraizar as formas leves de sentir o outro
medo de perceber que nosso olhar reflete o mais puro narciso em outros olhos
justifiquem então as milhares de formas de amar...
as inúmeras formas de paixão
enumerem as regras específicas desse jogo que foge as regras!
busquem as explicações científicas que elaboram nosso estado de espera eterna
mesmo os que não se dizem "queredores' desse amor que abre as nuvens
dentro de suas noites mais claras desejam um amor que ande junto
e molde através das mãos dadas o sentido real
desse despespero velado entre os humanos!
amor amar amar amor
as mágoas lamentam todas as noites acordadas
e os mais velhos sempre dizem:isso passa!só o tempo cura!
e será que o tempo tem mesmo tempo de curar todas essas mutilações sentimentais?
o que ganho com isso?o que perco com isso?
pesos e medidas,ora maturidade,ora imaturidade
queria apenas,saber como é novamente acordar feliz
e que essa sensação durasse um logo tempo....
apesar de todas as imperfeições humanas!
odiada pelos covardes sigo,e não aprendo mesmo a calar
meus impulsos de sinceridade aguda que magoam,dilaceram,e enlouquecem
aqueles que não têm o mínimo de estruturação emocional
para mater um diálogo uma discurssão civilizada!
onde as respostas também me despertassem tudo aquilo que preciso ouvir....
essas madrugadas não tê me dado coisas muito valiosas!
é hora de redirecionar esta força tão grave de meu coração imenso.
Adélia Coelho..abril de 2008
Adélia Coelho..abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
MAÇÃ
indefinida
indefinível
imcompreendida
incompreensível
desnaturada
destinada
profunda
aguda
deseperada
atemporal
incomum
simples
desmedidamente
apaixonada....
insana
alheia
observadora
sonhadora
provocadora
pecadora
engraçada
Gargalhada
ilusionista
artista
mambembe
turista
encantada
braba
ciumenta
carente
careta?
alucinada
lunática
asmática
gramática
rimas
versos
pulos
girassóis
catarse
lágrimas
abraços
lençóis
fotografias
recortes
pedaços
coloridos
destroços
a sós
sóis
olhares
suor
palcos
estranha
expectativas
hesitações
recordações
complicada
suco abacaxi
sorvete
marmelada
saudades
doloridas
partida
chegada
clichês
vanguarda
bossa
chorinho
retaguarda
Cartola
Pinxinguinha
Vinicius
meu Tom
Pessoa
Neruda
Leminski
Lorca
Rilke
Rimbaud
Erasmo
Hilst
violas...
papel
caneta
tinta
texto
chuva
noite
dentro
outro
amor
prazer
Flor!
"sou um velho samba que ainda estar por vir..."
A dor do descaso
da impunidade pela impunidade
da esterilidade das organizações não governamentais
das esmolas que doamos achando doar novas chances
a dor da marginalização generalizada
a dor do esquecimento da educação
a educação que esquece o que é dor
a dor do desalentoa dor de perceber e reconhecer um assalto constante
a dor de constatar nossa liberdade prisioneira
nossa liberdade vítima de revolveres de mentira
a face do desespero da fome e do abandono moral
a dor de presenciar e não mais perceber
A dor da alienação,do consumismo consciente e ativo
da indução desenfreada que acarreta graves danos sociais
a dor da perda dos ganhos materiais
a dor da perda dos órgãos e da vida
por nada...por um nada..pelo nada...e
Nada MUDA...permanecemos estáticos no sofá da sala
reclamando da pilha de pratos para lavar,das contas para pagar,dos namorados machistas,
das mulheres promíscuas,dos pais que jogam seus filhos pela janela!
ahn?Uau ESSA FOI BEM ORIGINAL,
QUANDO SE TRATA DE UMA METÁFORA DE HUMOR NEGRO,
TUDO BEM.tudo bem?o que está havendo?????????????????????????????????
a foto que fica é a dor.
mas a dor de quem?
nas ruas eles passam levando não só os documentos
as bolsas,os sonhos,a matéria repartida do consumo assassino
mas bem como nossa moral estraçalhada,dissolvida
removida a cal...manchando o ócio da bandidagem desclassificada
deliberando uma nova ordem ditatorial:
FIQUEM EM CASA...SE QUIZEREM VIVER MAIS UM POUCO.
mas não deixem de assistir a "TE VÊ" pois os reféns somos nós,
e somos reféns conformados.
Negociamos nossa dívida,nosso sentimento de culpa pelos trocados que oferecemos
para nos mantermos "tranquilos"
mas e quando pedem nossa dignidade??
e quando pedem nossa alma?
e quando roubam nosso prazer?
cONTINUAMOS LIGANDO NOSSA TV e vendo,revendo,absorvendo,absolvendo,removendo,locomovendo nosso senso do rídiculo
e atingindo uma fase zen,fase superior de sermos alheios ao que é nosso,ao que somos nós
ao que nos pertence,nosso povo que de glória não tem mais nada.
Futebol,hino nacional,cerveja,cachaça,mulher,pagodão,forró,sexo,drogas
e as vezes "rock in rol"
Bien vIENIDOS A Brazil!
tirem a foto quEridos turistas!
a foto que fica é a dor!
Adélia Coelho 2008
MARIA LOUCA
Preciso mesmo manter-me em conflito para produzir?
e por que nunca me acho merecedora do amor alheio?
por que é tão distante para mim a paixão dos outros?
onde estão os acordes que despertam minha guarnição de valores?
chamem Narciso,meu espelho não é tão bonito
que houve com o rio?
dentro da loucura vou fixando os rítmos
de todas as fugas discretas e daquelas gritantes
lavei meus cabelos ontem com água da chuva
tão fácil representar uma louca
no teatro só fiz loucas..
e acho mesmo que elas ainda me perseguem...
divertidas e tão sozinhas
converso com os coloridos objetos de meu quarto
e tenho medo de perder minha mãe
dormindo o dia inteiro
intensamente vivo.
Adélia ceolho 2008 abril
quarta-feira, 2 de abril de 2008
musica
Sexta-Feira
Biquini Cavadão
Composição: Indisponível
Escute o que diz seu coração
Não fique em casa nesta sexta feira
Tome café com muita Coca-Cola
Não tenha medo de cairnesta farra
Tenha relógiosem ponteiros
Toque qualquer instrumento
Não sinta frio nem calor, não
Durma quantas horas puder por vez
Só fume quando beber,
Mas beba quando quiser
Escute o que diz seu coração
E ignore-o quando convier
Faça sempre o que der mais prazer
Escute a música que gosta de novo
Fale tudo que vier à mente
Minta sempre que for necessário
Dance, mesmo fora do compasso,
Cante totalmente desafinado
Só fume quando beber,
Mas beba quando quiser
Pois eu sou o assaltante da tristeza
E assim eu levo ela embora
Eu quero as mãos pro alto
Enquanto eu assalto
Toda essa tristeza agora!
Escute o que diz seu coração
Não fique em casa nesta sexta feira
Tome café com muita Coca-Cola
Não tenha medo de cair nesta farra
Pratique esportes só se for na cama
Mude de nome uma vez por semana
Nunca baixe a cabeça pra nada
Pois nada vale o preço de uma risada.
Só fume quando beber,
musica
Sonhando
Biquini Cavadão
Composição: Anderson Richards
Biquini Cavadão
Composição: Anderson Richards
Se passo o dia, paro e escuto o vento
E ainda não posso entender
Como o improvável insiste em acontecer
Se ando sempre no mesmo caminho
E ainda me encontro com alguém
E vejo que não estou sozinho, eu sei
Se passa o dia, o tempo e conto as horas, e eu sem perceber
Que estou parado vendo o seu retrato, e não vou mais te ver
E vou tentando aceitar
As vezes fujo, corro de mim mesmo, canso e me esqueço de lutar
Sabendo que não posso ser tão tolo assim
Quando me vejo já estou cantando
Solto minha voz e desabafo enfim
Se o telefone toca, eu já sei mesmo que não é você
Se tudo que um dia me falou, eu vejo agora acontecer
Se a saudade aperta e eu não tenho nada a fazer
Senão apenas chorarNão vou mais querer explicar, eu já sei
Alguém me soprou e falou
Tudo sobre você, que ainda eu vou te ver
Eu quero deitar e sonhar outra vez
Tocar, te ouvir, te sentir
E poder te dizer, como eu amo você
Tocar o meu violão e te ver
Me pedindo pra viver
Me pedindo pra viver
Eu sei
musica
Você foi feita pra mim
Biquini Cavadão
Composição: Indisponível
Do por do sol ate o dia amanhecer
Pensei em você, em você
Em cada gesto, cada palavra que eu vou dizer
Pra te convencer, te convencer
Você foi feita pra mim
Você foi feita pra mim
E vai ser assim
Não saio daqui sem você
Não saio daqui
Pode o vento mudar
Pode o vento mudar
Pode o tempo fechar
Não saio daqui sem você
Pode o verão passar
O mundo parar de girar
Não saio daqui sem você
Deitado na areia vendo o vento soprar
Deitado na areia vendo o vento soprar
Ondas pelo mar, pelo mar
Desenhar o seu rosto com lápis no papel
Uma nuvem no céu, lá no céu
Você foi feita pra mim
Você foi feita pra mim
E vai ser assim
Não saio daqui sem você
Não saio daqui
Pode o vento mudar
Pode o vento mudar
Pode o tempo fechar
Não saio daqui sem você
Pode o verão passar
O mundo parar de gira
rNão saio daqui sem você
Pode o gelo acabar
Pode o gelo acabar
Pode a policia chegar
Não saio daqui sem você
Pode o dinheiro acabar
E essa canção terminar
Não saio daqui
Não vou alugar nenhum sem você
musica
Caso
Biquini Cavadão
Composição: Alvaro, Bruno, Miguel, Sheik, Coelho, Beni
Você me quer mas não pra sempre
Quem sabe volta e meia a gente tenta outra vez
Não sei o que assumir
Pois termos não definem
O que eu tento te dizer
Peço conselhos
Mas ao te encontrar
Fica difícil entender
Como você me domina
Fingido não saber porquê
Brincadeiras numa noite
Pra depois voltar ao sério
E sorrindo esquecer este falso adultério
Agora é difícil lembrar deste caso sem fim
Caí em seu triste charme como num roubo sem alarme
Mas a ironia na memória tenta loucamente descrever
Minha mente sendo seduzida e você sendo traída
Numa máquina de escrever
musica
Porque Você Não Estava AquiBiquini CavadãoComposição: Indisponível
Deu vontade de te escrever sem
Gramática, ortografia ou caligrafia
Deu vontade de desenhar o seu
Rosto em uma folha branca
Mas as cores nunca seriam
Iguais as da sua tez, deu vontade...
Vontade de cobrir as linhas
De um caderno, só por saudade
Contar pros cadernos do mundo
Como eu tenho me sentido tão infeliz
Tudo porque você não estava aqui.
Tudo porque você não estava aqui.
Tudo, tudo, tudo tão longe
Tudo porque você não estava
E eu perguntava, eu perguntava a você
Tudo porque ? Tudo porque ?
Deu vontade de confessar meus segredos
Pras orelhas dos meus livros
Já não sei se o que vivo é verdade ou não,
Eu pergunto pro meu coração
Como faz pra parar esta dor que me assalta
Toda vez que sinto sua falta
Vontade de dar meu corpo pedaço por pedaço em cartas lacradas
Apenas com seu nome, endereçadas, postadas ao sol, ao céu
Com um grito louco sem poder te ouvir
Tudo porque você não estava aqui.
Tudo porque eu acordei com esta louca vontade
De abraçar, beijar, telefonar de qualquer lugar para você.
Tudo porque eu acordei com esta louca vontade
musica
Aqui Dentro
Biquini Cavadão
Composição: Alvaro / Bruno / Miguel / Sheik / Coelho
Porque o tempo não volta
Ninguém vai me dize
rMas isso não me
Incomoda tanto
Se eu trago você
Só eu sei a importância
Só eu sei a força que tem
Tudo que você me disse
Eu guardei muito bem
Aqui dentro
Me ensinando, me relembrando
Que viver é bem mais que querer
Ver o tempo voltando
Mas de vez em quando eu sinto
A sua ausência real
E por mais que me esforce
Eu não consigo achar natural
Que só possa ver você em fotos
Que já não dizem mais nada
Quando eu sei que as idéias ficaram
E dizem muito mais
Aqui dentro
Me ensinando, me relembrando
Que viver é bem mais que querer
Ver o tempo voltando
Eu preciso te falar
Tanta coisa já mudou
Tanto tempo se passou
Desde o momento em que o tempo
Parou em você
musica
Vou Te Levar Comigo
Biquini Cavadão
Composição:
(alvaro, bruno, miguel, coelho, gian fabra)
As curvas no caminho, meus olhos tão distantes,
Eu quero te mostrar os lugares que encontrei
Como o céu pode mudar de cor quando encontra o mar
Um sonho no horizonte, uma estrela na manhã
De repente a vida pode ser uma viagem
E o mundo todo vai caber nesta canção
Vou te pegar na sua casa,
deixa tudo arrumado
Vou te levar comigo pra longe
Tanta coisa nos espera,
me espera na janela
Vou te levar comigo
Eu quero te contar as histórias que ouvi
E nas diferenças vou te encontrar
O amor vai sempre ser amor em qualquer lugar
Vou te pegar na sua casa,
deixa tudo arrumado
Vou te levar comigo pra longe
Tanta coisa nos espera,
me espera na janela
Vou te levar comigo
musica
Só Quero Dizer
Biquini Cavadão
Composição: alvaro, bruno, miguel, coelho
Só quero dizer
Que os seus olhos estão nos meus sonhos
Mesmo que eu quizesse
Não poderia esquecer que eles me olham
E certamente estão nos meus sonhos
Pena que não estejam aqui
Pra me ver cantar esta canção
Preste atenção no que eu não disse
Olha o que eu não fiz
Mas ainda quero fazer
Muito mais ainda quero dizer
Muito mais
Ainda quero
música
Pra Terminar
Biquini Cavadão
Composição: Indisponível
Pra começar
Dizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
Se ainda há amor em mim
Pra te enganar
Escondo num sorriso a dor
E sinto ao te ver passar
Na rua com seu novo amor
Se eu te encontrar
Não me pergunte como estou
Não saberia te explicar
Pra mim ainda não terminou
E pra terminar
Dizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
música
a Memoria
Biquini Cavadão
Composição: alvaro, bruno, miguel, sheik, coelho
Por instantes posso até me esquecer
Mas vou sempre lembrar, nunca pensar
Pensar em você é morte lenta
Prefiro me acabar na traseira de um caminhão
Por vezes corro tanto que pareço estar parado
Perdido, sozinho no deserto
Homens passam com destino a Dakar
Eu freio no meu sonho, está na hora de acordar
Você passa rápida na esquina,
O mundo parece tão distante e eu torno a acelerar
A velocidade me apaixona
Me apaixona muito mais que você
Como vício que não posso mais largar
Me faz sempre esquecer, nunca lembrar
Lembrar que você é morte lenta
Eu vejo no seu rosto detalhes de uma ilusão
Que sempre no deserto parece estar parada
Sozinha, sofrendo a solidão
E no entanto quando chego aos seus pés
Você ri na minha cara e vai embora sem olhar
Você passa rápida na esquina
O mundo parece tão distante e eu torno a acelerar
E essa cena se repete mil vezes na memória
Mil vezes na memória...
música
Quanto Tempo Demora Um Mês
Biquini Cavadão
Composição: Álvaro, Bruno, Miguel, Coelho, Gian fabra
Acordei com o seu gosto
E a lembrança do seu rosto
Porque você se fez tão linda
Mas agora você vai embora
Quanto tempo será que demora
Um mês prá passar...
A vida inteira de um inseto
Um embrião prá virar feto
A folha do calendário
O trabalho
Prá ganhar o salário...
Mas daqui a um mês
Quando você voltar
A lua vai tá cheia
E no mesmo lugar...
Se eu pudesse escolher
Outra forma de ser
Eu seria você
E a saudade em mim agora
Quanto tempo
Será que demora
Um mês prá passar...
Ser campeão
Da copa do mundo
Um dia em Saturno
Prá criança
Que não sabe contar
Vai levar um tempão...
Daqui a um mês
Quando você voltar
A lua vai tá cheia
E no mesmo lugar
Mas daqui a um mês
Quando você voltar
A lua vai tá cheia
E no mesmo lugar...
Quando você voltar
Daqui a um mes
Mas daqui a um mês
Quando você voltar
A lua vai tá cheia
E no mesmo lugar...
música
Estou Com Saudade de Voce
Biquini Cavadão
Composição: Indisponível
As pedras do muro da sua casa
Já não me dizem nada
Pichadas, cobertas por cartazes
E um banda de volta na estrada
A gente adorava
Baladas me matam de saudade
Estou com saudade de você
Saudade de você
Na praça onde a gente namorava
Mendigos na calçada
Madrugadas me matam de saudade
Estou com saudade de vocêSaudade de você
E agora com os olhos embaçados
Posso eu posso ver
É tão ruim
Como água entre os dedos
Ver você
Se perder de mim, se perder de mim
As chaves eu vou deixar numa sacola
Com as suas roupas perfumadas
Que me matam de saudade
Estou com saudade de você
Saudade de você
E agora com os olhos embaçados
Posso eu posso ver
É tão ruim
Como água entre os dedos
Ver você
Se perder de mim, se perder de mim
uauuu!!
Nas cartas ainda ouço suas palavras
Tão apaixonadas
Guardadas numa pequena caixa
E as fotos na parede da minha sala
Também não dizem nada
Amareladas, me dói tanta saudade
Estou com saudade de você
Saudade de você
Estou com saudade de você
Saudade de você
música
Em algum lugar no tempo
Biquini Cavadão
Composição: alvaro, bruno, miguel, coelho, góes
Não guarde mágoa de mim
Também não me esqueça
Talvez não saiba amar
Nem mesmo te mereça
Como as ondas do mar
Sempre vão e vem
Nossos beijos de adeus
Na estação de trem
Um gosto de lágrima no rosto
Palavras murmuradas
Que eu quase nem ouço
Que eu quase nem ouço...
Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Em algum lugar
Ainda estamos juntos
Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Prá sempre, prá sempre
Ficaremos juntos...
Não tenha medo de mim
Não importa o que aconteça
Não me tire da sua vida
Nem desapareça
Como as ondas do mar
Sempre vão e vem
Nossos beijos de adeus
Na estação de trem
Um gosto de lágrima no rosto
Palavras murmuradas
Que eu quase nem ouço
Que eu quase nem ouço...
Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Em algum lugar
Ainda estamos juntos
Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Prá sempre, prá sempre
Ficaremos juntosJuntos...
Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Prá sempre, prá sempre
Ficaremos juntos
Não guarde mágoa de mim!
músicas
Quando Eu Te Encontrar
Biquini CavadãoComposição:
Alvaro / Bruno / Miguel / Sheik / Coelho / Beni
Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrarImpedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar
Eu já sei o que meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravazar, de demonstrar
Nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer
É isso que quero dizer
Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar, vai acabar
O Drama
Biquini Cavadão
Composição: Alvaro, Bruno, Miguel, Sheik, Coelho
Estou tateando no escuro
Não consigo te ver
Então fecho os olhos
E sua imagem vejo
Não posso toca-la
Não posso senti-la
Penso em tudo aquilo que você me sussurrou
Em todos esses longos telefonemas de fim de noite
Oh não, Oh não, isso não se faz
Parecia tudo tão normal
Mas agora é só um sonho
Me tirando do real
Tento me iludir mas eu tenho é que fugir
Ah, como eu gostaria de sumir, sumir, sumir
Afinal, o que você quer de mim ?
Afinal, esta tudo acabado
Não quero ter este romance indeterminado
Prefiro agora, ficar calado
Agora é mais que tarde
Tarde!
Ida e Volta
Biquini Cavadão
Composição: Indisponível
A9 DNão sei mais o que fazer
A noite acabouA
DAs luzes já vão acender
com elas, solidão
DA vida aqui nesta cidade
É buscar a diversão
Nos bares vendem
Mil venenos
E as pessoas estão fantasiadas
eu não sei se o que vivi foi ilusão
Ou teve mesmo importância
Acho que não me deram atenção
Não me deram atenção, não!
Volto pra casa sentindo frio
Sem saber se, hoje, choro ou sorrio
Amanhã, quando acordar, eu decido
Mas a vida ainda me pertence
Embora todos possam ir embora
Quando Já Acabou
Biquini Cavadão
Composição: Biquini Cavadão
AgoraVocê me olha como antigamente e me fala
Que eu quis esquecer...Chora
Me abraça apertado e quente
E o pensamento voa quando a gente se encontrar...
Tudo acontece em menos de um segundo
uma dor no meu peito e qualquer música que toca me faz chorar
Não, de novo não
Com esse papo de se ver quando já acabou
E depois de um dia
No outro dia eu já nem lembro o mal que você me causou...
De novo não...acabou...acabou...de novo não...Acabou!
Masturbo agora só saudade
Escorre no canto de minha boca
o azul de um céu perdido
um coração...
embolado de confuso colorido
entidades que se beijam numa festa sóbria
acabei de transar com minha insanidade
gozei dos frutos intuitivos
de todas as almas(por acaso)
aqui neste terraço de andores presentes
em santidadeses
corre no canto de minha boca
um azul de um céu submergido
em coração
lapidado omisso e atado
claridades que se unem por meio de
uma grande paixão
o reconhecimento de nossa identidade
gôzo mútuo e sadio
da Flor e sua verdade
masturbo agora,só saudade....
Adélia cOELHO abril de 2008
Escárnia da vida
Quero penetrar em mim
como nenhum outro jamais imaginou
esse amor eu levo comigo
esta noite de prazer extremado
cantarei para os possíveis netos
se houver confiança no masculino
para quê espermas?
minhas mãos sabem tocar,
sabem tecer e sabem perceber
a claridade emotiva de todos os meus ossos
a carne?
a carne é apenas ferida.
coração?
escárnia da vida!
Adélia Flor abril 2008
Á VENDA
O cheiro do meu sexo norteia meu deserto
e pinto a parede do céu com os fluidos
de todos os prazesres escassos
de todos os escarros patéticos
o cheiro entranhado em meus dedos
que nem suam mais...
o limite de minha liberdade atracou
ataquem minha puberdade sem pêlos
meus brinquedos assexuados de ilusão
arranquem a roupa dos bonecos
e imitem as novelas!
pobres crianças enojadas pelo mercado
bombons em troca do "trocado"
trocado de sarcasmo e sacanagem...
assassinem o cheiro dos gôzos sujos
guardem apenas a essência de meus dedos
imersos em meu líquido...
não sou a mais pura do mundo
porém nunca vendi meu coração
escambo!escambo universal de ilusão
á venda: meu cheiro de vulcão!!!
Adélia Coelho abril de 2008
MARIA LOUCA
Preciso mesmo manter-me em conflito para produzir?
e por que nunca me acho merecedora do amor alheio?
por que é tão distante para mim a paixão dos outros?
onde estão os acordes que despertam minha guarnição de valores?
chamem Narciso,meu espelho não é tão bonito
que houve com o rio?
dentro da loucura vou fixando os rítmos
de todas as fugas discretas
e daquelas gritantes
lavei meus cabelos ontem com água da chuva
tão fácil representar uma louca
no teatro só fiz loucas..
e acho mesmo que elas ainda me perseguem...
divertidas e tão sozinhas
converso com os coloridos objetos de meu quarto
e tenho medo de perder minha mãe
dormindo o dia inteiro
intensamente vivo.
Adélia ceolho 2008 abril
Estrada
Erguida em condor
em cor
e toda sua dor
facetas distintas
emergida da lama
do caos ás cinzas
passarinha...
de boa rinha
aqui considero:
sem luta verdadeira
nunca ,nunca teu sonho se erguerá
do teu amor em flor
jamais sairás
das janelas fechadas
de todos os teus "ais"
vai Flor
vais!não queira
simplesmente aceitar"jamais".
Não aceite a labuta fácil deste solo infértil
vá!você pode o palco
você pode o microfone
você pode o verso
você pode o amor
ele virá quando
te descobrires
de todas as tuas fugas...
fLOR 2008
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô