terça-feira, 15 de abril de 2008

ERRO O ERRO CERTO





Erro o erro certo



É como se eu não pudesse mais mentir ou omitir
tudo vazasse pelos poros mais íntimos e enigmáticos
esborro por linhas consaguíneas,os vasos,as veias
a verdade segue sangue constrangendo os arbítrios,os abutres
abusando dos olhares vedados de covardia
não espero a certeza das horas vagas
despacho minhas palavras em intervenções
improviso o verbo solto
sem trabalhar a cautela
pulo em cordas bambas sem decolar os pés do chão
é como se eu não pudesse mais abraçar a tolerância pelos outro
sou juntar o pó de minhas bagunças para debaixo do sofá
sinto que se começo a limpar o final é o lixo
trancrevo,escrevo,seivo..
digo não,me defendo,me imponho...
elevo,levo,peso
Erro o erro certo
e digo não mais querer
digo já não amar
digo cansei de lutar
defaleço,esvazio,entristeço
fujo ao desvario
enfrento corrente,ente,enchente
a verdade quer sair
a verdade quer sair

Adélia Coelho 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô