terça-feira, 15 de abril de 2008

pEdRa


Pedr..(a)



Gostaria que se dissolvesse de minhas lembanças
deixasse enfim meus vazios em paz
em cada esquina ,cada imagem ou palavra
remetem a pedra de teu nome
consagrando tua imagem acesa em cheiros,pétalas e saudades
esta doença tecida por tua dor
condenou-me ao SAco OFício
de perdurar tua figura
por meus dias sedentos de sorrisos saudáveis
Você destrói-me para reconstruir-me em verso
você me consome e some em mim ainda imerso
Dissolva-se de minhas lembranças
tua mente conectou-se a minha ilusória salvação
salva-te então desses meus venenosos beijos
você não soube me amar
e quem sabe amar mesmo?
tento enterrar as mágoas
e teu olhar mouribundo naufraga minhas lembranças
poucas boas risadas que podemos dar juntos
vai-te ó passado mendigo
tenha misericórdia de meus restos de pureza
abandona teu trono realeza
cuida então de teu sofrido coração-umbigo
não posso mais....e tanto quiz apalpar esse mesmo coração bandido
entre meus carinhos
devolvendo-te a cor dos dias
jamais consegui...
não tranforma-te em fantasma...
para de me chamar em pensamento
preciso acertar o sorriso,o compasso
e desviar a rota de teu encanto sarcástico
quero paz....
se fosse simples assim,
enterro,cimento..você?jamais.

Adélia Coelho abril de 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô