terça-feira, 15 de abril de 2008

Inverno mais profundo



Inverno mais profundo



Domingo Chuvoso de abril
entre o susto de trovões traiçoeiros
a iluminação cruel de um relampâgo constante
a insônia insana perfurando os raios sombrios
dos deslizes de todas as cirenes
a cidade se desperta com a fúria inesperada da natureza
o céu desaba a lágrima universal
estou protegida,cama quente e peito friomas e os outros:?
esses mês traz as tempestades de todas as almas
encharcados alicerces de um inverno mais profundo
ninguém preparou o terreno
ninguém nunca prepara
soterrados morremos
consentindo com aglobalização de todos os aquecimentos
no meu tempo o inverno era em junho
abril despedaçado!
a chuva destrói tudo,larva que mata
levando uma correnteza de sonhos e saudades
tenho um teto um lençol e um leite quente
mas não canso de me perguntare quem não tem:?
a essa hora milhões de pessoas
procuram seus pedaços
escombros de uma natureza revoltada.

AdéliaFlor 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô