terça-feira, 15 de abril de 2008

TRANSE EM TRANSE




Transe em transe



O sexo de minhas borboletas mudas
incolor desejo de submergir
invejo a liberta insanidade
tu vens em pesadelos fulgazes
dizer-me do desencanto
encaixes de bem te vis dourados
alicerces inseguros de satisfações
penduro-me em teu pescoço
moreno deserto
tua liberdade é desesperadamente oca
irresponsavelmente assexuada
tu atravessa as possibilidades
ignorando todas as ânsias que te cercam
sexo de minhas borboletas imaturas
foge o olhar-foge o sentir-
o lema é o gôzo vampírico ao alheio!
vai-te morenice da madrugada
telefona agora para a possível nostalgia
paixão ou amor sem saudade é covardia!
as delícias de teus poros saciaram por instantes
a sombra que me empalidecia
ora curiosa conquista,ora febre vazia
precoces ventanias disfarçadas de sêmens
o dia chegou e não tens tempo para o amor
voa, menino Manga,
transa a tua liberdade
em transe,esconde tua dor...

Adélia Coelho abril 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô