quarta-feira, 30 de abril de 2008

Esquecidos



Esquecidos



Dourados artifícios de meus ardis
dialogo com a pureza
estranha culpada de todo amor venenoso
desta realeza
coagiram meu argumento
estou sanada de nós
porém ato-me ao crucifixo
dos pecados fulgazes
nuvens recôncavas da idiotice suprema
prefiro mesmo a morte destes goles
leve-me inteira
não ouso mais determinar a quantidade
de veneno existente noutra boca
casei-me com as ruas de anis
masturbo todas as saudades
dou-te em versos essas minhas madrugadas febris
não sei mais tocar o sol
queimei-me no paraíso indefinido
lutei a favor dos dragões bandidos
incendiei sem nenhum calor
o abrigo de outros corpos vencidos
é chegada a hora de mudança
artifícios suados de meus quadris
dêm-me o gôzo sereno dos esquecidos.

Flor abril 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô