terça-feira, 15 de abril de 2008


o CONCRETO É ABSTRATO


O que tenho de mais concreto é a abstração de meus poros
os arrepios desmedidos de qualquer verso de beira de esquina
assaltaram o que em mim dizia-se palpável
a infinitude de meus dilemas continua a ditar a ordem de meus valores.
Aqui nesta mesma carcaça de sóis,reencontro a senhora lamento
com seus encantos tão cansados
sua pele tão jovem e arduamente escondida em agudos cabelos brancos
que felicidae sinto ao ver minhha loucura sorrindo,
beijá-la,ter o seu colo,o seu cheiro,tudo isso tão vivo
levaram apnas a matéria arruinada do caoso amor está tão vívido,
tão vívido tão bom falar com a doçura da infância senti a transformação da natureza
a maturidade dos versos que em outra flor plantei
O que tenho de mais concreto é a abstração desta travessia
os rítmos dos dons que percebo nas esquinas
as mesmas esquinas nos dizem tanto
coisas fáceis como cozinhar uma massa numa tarde chuvosa
inventando os tempos de nossa própria essência
simples racionalidade entranhada nos mosaicos arcaicos de meu lar
abraço o amigo cão,esquecido pelo tempo
virou gente rapidinho,mas o melhor dos bichos
guarda o amor incondicionalmente verdadeiro
sinto esse amor em meu velho Chico,seu olhar falante
penetra de carinhos e emoções meu instante
pareço para meu cão cão a mais doce de todas as criaturas
a cada lambida de agradecimento por um minuto de atenção
faço massagens em Chicório e me transporto para seu universo de paz
onde já não sinto dor onde invejo sua natureza sábia
onde vejo a felicidade....o que tenho de mais concreto é abstração dessas sensações!
esse é meu ticket!minha passagem!minha entrada!

FLOR--2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô