
Quando direi: é meu homem?
Sugo os espasmos do teu ego
transpassado de sementes doces
Ajoelho-me diante do altar dos diabos
confesso-te sobre meus mamilos árduos
és,aquele que passa,concordando com o ritmo
quando irei ao meu homem?
Dentro da minha boca sua alma
dentro da minha boca ele dança,
viabilizando as correntes sanguíneas do tédio.
Meu Homem precipício,meu homemLua
desorientado pedaço de terra ávido por Flor
Como meu homem,no momento que minha língua
reconhece:a textura ,a história,a imaginação.
Eu como meu homem,porque me concedo este verso.
dentro da minha boca ele dorme,como se fosse mesmo céu
céu cor de pele que me colore a alma.
Adélia COELHO