terça-feira, 3 de fevereiro de 2009



Sim,decepei-me ludicamente
pela janela do caos
joguei a cabeleira do sonho indecente
enroscaram-se os fios
nos cios doentes
pelos galhos suspensos
agarrei-me a velha casa
do lado de fora todos os meus habitantes
corriam enlouquecidos a procura da mesma cabeça
minha cruz e minhas flores estão navegando agora
numa banheira de terra perfumada
dos meus cabelos nascem as lágrimas...
das pontas da única cruz as lágrimas germinam
as outras faces são recolhidas
por árvores distintas
como se o mundo pudesse mesmo entender
porque choro.

Adélia janeiro 2008

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô