
Para quem eu cuspo minhas poesias de amor?ou para quê?
ocupados tubarões azuis
e a televisão geme de prazer
noite tediosa de sábado
todos os desejos e sofrimentos em mim
pêssego azedo de inquietude
sumo de húmos de terra nenhuma!
No caralho da árvore aprecio meu desespero
ali está minha nádega
peixes mortos ainda estão a me olhar
gavetas de estátuas recentes
entupidas de entulhos imprudentes
minha coluna erguendo o desprezo
e toda a incerteza da intuição
estampada na memória
meu jardim aceso não sabe cantar
meu botão quer de toda Flor gosar.
Talvez minhas poesias sejam "apenas"
para mim mesma.
Flor 2009
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