terça-feira, 17 de fevereiro de 2009




Minhas estrelas passeiam nos olhos alheios
escorrem do céu invasões amenas
desespero-me,não ensinaram-me a amenidade.
Sangro meus lagartos serenos
que escondem-se em qualquer banheiro.
Insana borboleta que sopra
sopra um só cordão de vida
para dentro!para dentro de cada estrela-olho
que me assombra com raro brilho.
Por vezes espelho,outras,baú
todas as asas e caudas da invenção no peito...
e a amenidade chega,despistando os sabores fortes.
Minha intensidade é também minha morte.
Ela fecha a visão da estrela,ela quer apenas
sentir o piscar da terra,acenando com amor.

Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô