terça-feira, 17 de fevereiro de 2009




O que encosta em teu peito
não é só o muro
as amarras,as entranhas
tampouco os laços,feridas,cobranças
o que encosta em teu mundo
é a fome do meu.
O que escuto em teu peito
é o galope de meus passos
a teimosia da figura acesa
a ideologia do armário pronto.
o que ouço em teu ventre
são meus soluços quebrados
o que sinto em teu sexo
são as veias do meu barato.
Minha droga que independe
meu desenho de baliarina
em teus dedos longos...
o que encosta sobre meus cabelos
é tua casa forrada de serpentes
é tua fonte cuspindo imensas expectativas.
o que encosta em teu peito
é o meu ,implorando
o travesseiro dos teus sonhos.


Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô