segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Uma língua
uma língua e nenhum corpo apto
uma língua e todos os países deserdados
uma língua e minha santidade humilhada
não existe desenhos após a morte
não existe desenhos que se formem em meu copo de língua...
meu copo de língua oca
se transforma no egoísmo severo das noites em claro
queria nuvem em meus ombros..coladas com língua
queria estrelas tilintando...em cada poro forrado com língua
uma língua em meu corpo...
provando-me :estás viva!
nada mais pedi..que não fosse uma língua
e todos as luzes embruteceram num ruído
e todas as vozes fecharam numa afirmação grosseira
uma língua em meu coração doente
uma língua que me mantivesse quente
uma língua =apenas
UMA LÍNGUA QUE SALVE A MINHA..
uma língua que descubra minhas linhas
que auscute nos sussurros os pedidos
que não espere os sinais mas atente aos caminhos
uma língua que fale através do gosto
as ânsias do coração...
acordo para o verso
pois a língua que tanto quis,agora dorme em outra boca.
Adélia Coelho
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô
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