
Por sobre a sagrada cama,a espera
não quero teu órgão carnavalizando minha candice
pelo contrário,não acho mesmo que o gôzo seja uma marchinha de carnaval
não é preciso sombrinhas,nem serpentinas,talvez poucos confetes...
por sobre a cama,desenrolo a consagrada tristeza
porque teus olhos cansados esqueceram de abençoar a língua
mativeram apagados os sussurros,as palavras,os toques que são as óstias
deste feriado...
não,não mais,todas as doenças,as suas e as minhas,.
considero que o mundo anda mesmo cansado e doente.
e eu queria apenas ,hoje; ter sentido sua língua sobre meu mundo frio,
provando que embaixo de minha cratera ferida há ainda um botão...
e dentro desse botão uma moça perdida,carente e louca para molhar seu gosto
com o gosto de outro mundo.
Adélia Coelho
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