terça-feira, 3 de fevereiro de 2009




O Charuto da Nuvem

Dia desses, metade do sorriso ao alto
branco,desmedido como altar de santo
denso,corpo de clareira diamante
Dia desses escondia-se entre as grades noturnas
bocejos de lua
gases sonolentos da atmosfera sedenta
Dia desses parte do sol era teu queijo
no café da manhã
Alguma mordida ambulante que segue errante
Na nosatalgia do leite empedrado na alma
dia desses amamentei a estrela que se aproximava
do charuto da nuvem
ela aos poucos engordou,aumentou,alargou
e com seus dedos minúsculos
dedilhou a lua
como a um sonho.

Adélia Coelho 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô