domingo, 1 de julho de 2012
Quando um vento vem diferente
ali,num pedaço de vida
ali num canto esquecido
nosso lar passa a ser saída
todos os lados todas as brisas
aqui,fincando a terra dos antepassados
melindres surtados,ora jaz
ora caminho ao velório
vejo tudo,fotos,cartas,festas
mesa cheia e riso do avô banguelo
que acreditava que essa que vos fala
unificaria o significado família
que esta palavra sabe?
que ela diz?
quendo um vento vem diferente e arremessa
tudo contra as paredes de um velho engenho em chamas
minha mãe em cima de meus dedos
canta para ele dormir,
cabelos desalinhados,o vento levou-o
e ele sabia que ia
ela sabia que ia
o que seria da morte
sem a intuição?
quando um pássaro voa por perto
ali num pedaço de céu
ali numa nuvem doída
nosso lar passa a ser ferida
por todos os cantos
palavras despercebidas
entonações não compreendidas
a mão do vento
me diz baixinho
num toque na face
que deus não sabe de tudo
que deus não pode falar
a mão do vento me deixa
sentir
eu sinto
eu creio
eu voo.
Flô
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô
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