domingo, 1 de julho de 2012


Os corpos encontrados nos gritos
os corpos emudecidos
as barrigas paradas
fixadas num céu estático
as nuvens não se moviam mais
eu vi a morte
posso dizer que não tem nada de doce
embora um sono leve despertasse poesia
os corpos amputados do meu coração
os corpos cremados em minha alma
pairava pelas ruas como se há muito já tivesse morta
perambulava por sobre as árvores
como se os frutos me sugassem
eu era o sumo da morte
e embaixo da terra eu ascendia luas
embaixo da terra eu colava raízes estancadas na veia
Corria água pelos braços soltos
extrume,extrume
extremaunção
os corpos padeciam
as mortes feneciam
louca,contava a deus
que a culpa tinha levado meu resto de sanidade
dentro de qualquer sol a morte recita nua
que acaso chegue a tarde
não levará somente
aquele riso de repente
que damos do nada
os corpos envolvidos em mantos nada sagrados
seguiam para o lixão.



Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô