quinta-feira, 5 de julho de 2012
O final do caminho
os cabelos caindo em minhas mãos
mãos que não querem mais dizer adeus
o álcool liberta morfina aos poucos
o final do caminho
quando olho p porta
e ficou tudo escancarado
ficou tudo pelas árvores
empregnadas emoções
que jamais tiveram gravidade
grave idade
hora de partir
de dentro de mim jamais sairá
não existe fim em meus ossos
todos os meus tumores são semetes tuas
você me matou quando não me amou
e tanta estrada e tanto pó ficou pelas fuligens
do final do caminho
a história queimada,não vivida,a história idealizada
o amor platônico
não tido
os tantos adeuses
o medo a cada despedida de ser mesmo a última
tudo faz sentido no final?
não vejo sentido em coisa alguma
suas tapas em minha alma
suas drogas e rock in rol alucinados
perfurando meu peito contra o tempo
não tivemos tempo
nem sei se um dia ainda teremos
nem sei se o amor foi real
não podíamos estar juntos
o final do caminho
agora a proposta
e minha morte parcial me visita os tímpanos
e encho a cara de cerveja para me olhar no espelho
energias saturadas,cansadas do ócio e da rotina
e ouço teus passos na manhã
junto com o cheiro da vida
e ouço tua chegada desesperada em busca de socorro
e jã não ouço nada
você sempre me avisou que partiria
e quem sabe de nós?
quem mesmo sabe o dia de amanhã?
o que foi o que é ou o que será o amor?
o final da linha é certo.
não há palavra que defina
o não vivido.
fim.
Flô
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô
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