quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ninguém via
onde ele havia depositado seus ovos
onde ele havia guardado seus frutos
ninguem viu onde ele plantou suas flores
no olho do mar
a vida estática
a cama muda
o cinema vazio
ninho
céu
ninguém via
a língua
o olho do mar denunciava
amanhã teria boas novas
amanhã não é sinonimo de felicidade
e de que sabe o tempo?
fechar feridas
fechar saídas
fechas olhares
pálpebras lunares
teu piscar de olhos
dançava sobre o meu
e nada nos falávamos mais
o olho do mar
aos poucos
cegava nossa boca de um tom amargo.

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô