terça-feira, 23 de novembro de 2010

A morte gritava baixinho
por entre os olhos esturricados da vergonha
vergonha do tempo
vergonha do tempo
imaculado cordão de sementes mudas
murcha assombração por tras dos óculos
eles querem saber o que farei de teus ossos
eles querem saber o que farei de teus ossos!
as linhas de tua Pele inexistem sobre minha mão
mas o resto dos grãos se preocupa,quer saber
para onde vais agora
a morte gritava baixinho pelas frestas do cimento
vergonha do vento
vergonha do vento
teu convencionalismo lento,
tem pessoas que não sabem guardar o bom por dentro,
eu mesmo sem pele,roupa,relógio ou lamento, tento...
a vida gritava bem alto:teu corpo não é o teu retrato!
tua idade tampouco identidade
teu passaporte é a bondade.


Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô