segunda-feira, 16 de agosto de 2010






Engarrafava as nuvens como se pudesse acolher o vento
selecionava as mais divinas,com alto teor de céu
bebia lentamente o ar que resgatava abrigos anteriores
eram meus lares vencidos,as guerras que travei e não renderam homenagens
dentro da garrafa as perdas da paz,cada brancura uma dor
por fora toda natureza assistia-me embebedando-me de brisas chilenas
engarrafava sonhos,como se a pureza soubesse do lado de cá,
guardava certos sabores para lhe mostrar
degusta o azul,dona pureza,toma todo de uma vez
engole este verde que sobressalta dos olhos
essa mata flutuante de beijos
Durante anos guardei as nuvens nesta garrafa
hoje que não posso beber,gostaria de ver este mesmo céu
gostaria de poder desenhar outras brancuras infindas em teus cabelos
ou simplesmente abrir a garrafa e deixá-las escapar,dissolvendo-se
formando novos destinos,novos mapas.
Endereço-te minha última garrafa de nuvem,pelo mar ela segue,
e um dia a encontrarás,beberás das minhas ilusões e arrotarás sangue.


Flô

Um comentário:

Mariana Belém disse...

oi flô,
que trabalho bonito menina! vamos conversar né?? bjs

Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô