sexta-feira, 11 de setembro de 2009


O corpo virgem caminha
o tapete ainda está tonto
e todo alimento é trôpego
e todo vinho é começo
a expressão mais absurda
de qualquer cansaço entranhado
o alcoolismo barato
o fantasma que anda ao contrário
o gosto doce explode na boca
fogos de artifícios lúcidos
a falta de grama verde
o doce que salta da língua
cuspindo serpentes
grama vermelha
o fim do gosto na rolha
salgada de possibilidades
e toda magia da alga
bem fora do mar
voando sob água
o corpo virgem engole caminhos
e a tv abraça as pedras
e não há pedras nem serpentes
e todo o alimento passa despercebido
em minha boca morava o beijo do sonho.

adélia e Bruno.2009

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô