"Adélia Coelho, revelação nos saraus da cidade, como no projeto NÓS PÓS, abre magistralmente o livro, evocando a solidão com versos de fortes metáforas e imagens poéticas: Minha solidão se prolonga/ por todas as folhas desta casa/ Abre-se em cada grão de dia/ onde permaneço deitada/ em busca de sonho.../ (...) Minha solidão é alta,/ é morna, é líquida.../ Jorro seus versos em água pela sala.../ Rastro de sal. Rastro de sal./ Resto de sol. Resto de sol./ Minha solidão é ereta, é firme/ mas é sim impiedosa, cruel;/ por ora tem gosto e tom amargos (De sal e sol, solidão, Adélia Coelho).
Recomendo, sim, a leitura dessa antologia, principalmente para quem deseja traçar um perfil mais consistente da poesia contemporânea em Pernambuco, especialmente, mas não só, dos poetas mais jovens."
ANDRÉ CERVINSKIS é escritor, ensaísta e Mestrando em Lingüística – PROLING-UFPB
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