domingo, 13 de setembro de 2009




"Adélia Coelho, revelação nos saraus da cidade, como no projeto NÓS PÓS, abre magistralmente o livro, evocando a solidão com versos de fortes metáforas e imagens poéticas: Minha solidão se prolonga/ por todas as folhas desta casa/ Abre-se em cada grão de dia/ onde permaneço deitada/ em busca de sonho.../ (...) Minha solidão é alta,/ é morna, é líquida.../ Jorro seus versos em água pela sala.../ Rastro de sal. Rastro de sal./ Resto de sol. Resto de sol./ Minha solidão é ereta, é firme/ mas é sim impiedosa, cruel;/ por ora tem gosto e tom amargos (De sal e sol, solidão, Adélia Coelho).

Recomendo, sim, a leitura dessa antologia, principalmente para quem deseja traçar um perfil mais consistente da poesia contemporânea em Pernambuco, especialmente, mas não só, dos poetas mais jovens."


ANDRÉ CERVINSKIS é escritor, ensaísta e Mestrando em Lingüística – PROLING-UFPB

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô