sábado, 8 de agosto de 2009





Ela vestia-se de flores

Ela comia flores

Ela sentia flores

Flores falavam de amores

Amores desciam pelas pernas

Sonolentos

Sonolentos

Ela cuspia flores

Ela queimava flores

Ela fundava flores

Amores escorriam pelos ombros

Ela queria as flores

Ela via tuas flores

Ela as via...

Visitava flores

Procurava flores

Enterrava flores

Certo dia ela, a flor

Descobriu que todo esforço

Era em saber inventar uma nova cor

Uma nova espécie

Como se cria uma rara flor?

Ela dormiu.

Ela sonhou

Desenhou no vento a margem

Soletrou no mar a dor...

Não se cria flor

Apenas a descobrimos

Apenas descobrimos o amor.

Tão simples

Tão inesperado

E até singela a frase

O amor é mesmo uma flor.


Adélia coelho

Junho de 2009


2 comentários:

Leo Durval disse...

Muito singular sua poesia, parabens por suas inspirações e suas expresões

No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos disse...

Obrigada leo,aparece sempre que quiser!abraçosss

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô