sábado, 8 de agosto de 2009





A casa continua fria

Janelões que escondem sombras de culpas antigas

Como posso me aproximar?

Me mostre...

Como posso continuar fazendo o bem apesar do mal?

Me diga...

A casa continua estranha

Plantações secas por entre corredores

Vazios deixados no ar

Superficialidades escancaradas

Tudo de bom trancado a sete chaves

Qual o medo?

Onde ficam guardadas as armaduras de guerra?

E por quê mais guerra?

Os laços de simpatia e sangue são testados

A toda hora, todo momento

E nos espaços ocos, o que pode completar?

O que pode compensar um não amor?

Um mau amor, um pouco amor?

Conheci amor de muito,

Não sei como lidar com

Pedaços menores...

Saio pela janela

Pois as portas do antigo terraço estão fechadas

Não se importe,coisa de política

Sabe como é.


Adélia coelho

Junho de 2009


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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô