sábado, 8 de agosto de 2009






Livre

Livre

como passarinho bêbado

solto solto

como sorriso de infância

tempos que não sei sorrir em minha criança?

Anjos perversos? sopros bandidos?

Qual é o instante de ser feliz?

Atrás de mim as xícaras limpas

De um café que nunca tomei...

O frio esquenta os pés

Congelando o coração

Na quintura dos meus dedos novamente ávidos

Fervilhando as possibilidades

As que nem ousei saber... as que boas surpresas me reservam

A solidão é uma bênção?

Tragam as cantigas, vou pescar

Anjos caem direto no rio, pode ser que os peixes concedam

Uma primeira dança

Minha língua procura tua balsa

Meu coração quer festa e verso

Quer tremor e alegria

Quer embalo,boa nostalgia

Onde ficaram perdidos teus versos

Aqueles que tanto esperei de você?

Sigo ,adiante tem uma grande caixa...

Quem sabe de nosso destino?

Um dia posso começar a tomar café...

Adélia coelho

Junho de 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô