sexta-feira, 3 de abril de 2009




Traços-estrelas que são olhos que choram a chuva das estradas que circulam.
Das flores e folhas nasce o céu--e os corações balões inflamados esperam a noite como a morte...
Conchas e ondas bebem dos poemas...

Nunca ganhei Flores.Espero.
a data todo mundo esquece
mas que importância tem?
Todas as flores aquelas gratuitas
e os bilhetes inusitados...
Só eu o faço?!



Minhas mãos te entregam as outras
Nas linhas dos caminhos escuros,
Escolhes a fuga conhecida
Dentro dos muros dos ombros doentes
a previsão das estrelas,que caem bêbadas no céu
Minhas mãos te concedem a dança,tecendo os tons do outro dia
Nas rugas dos rumos claros permites o beijo da sombra
Dentro do mundo:ossos quebradiços na estação do véu
Minhas mãos recorrem suadas a qualquer rosto disposto a moldar o riso
Dentro de um barro inútil,construo os pássaros mais alegres
E as cores das músicas que voam me dão de volta
aquelas mãos pequeninas,aquelas mãos que desenham as paisagens
que todas as vidas me esconderam.Minhas mãos dançam.


Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô