sexta-feira, 3 de abril de 2009




O percurso do corpo entre as linhas,estagna?
O percurso do sangue entre as línguas--pause--liberdade de dedos--
E minhas esposas não bebem do altar
Minha igreja também é precipício
Caem escapulários e terços das nuvens gulosas
Pecados selvagens roubam a cena
Quebrem as pernas e portas,minha ressurreição é outra!
E meu amor nem me olha!
Certeza que visita e abandona
Silêncio.Peixe.Cravo.Saudade
Passado na rua ouvindo música,estátua
Hoje aqui deste quarto sem querer ouvi todas as tuas músicas
e senti todo o teu peso.
Criado mudo e aceso
Tua depresão declarada e nossa separação inflamada
que possibilidade?
Houve pouco tempo para o beijo...
E a morte na saliva...a morte na saliva
E a morte sempre em nossa despedida iminente
Não poderíamos ter nascido um no outro
Insistindo numa não dor...
não houve espeaço para a cura...
estávamos tão doentes,feridos com nós mesmos
Passou,querido,dorme agora em minhas lembranças...
Dorme bem.


Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô