sexta-feira, 3 de abril de 2009




Continuação de certas passagens....



Minha casa quer aprender a andar de bicicleta sem rodinhas.O grito quer invadir paredes e portas que ainda me prendem.Arrombei,o que tiram de mim todos os dias.Só queria sair dali porque reconheço que não é o meu corpo.Não sou aquela casa.Sou outra parte que reparte-se e quer dançar,tomar vinho ,ver a madrugada e deixar chegar os versos desesperados...
Minha fome é minha casa e respeito meu corpo.Preciso unir o lar ao laço.O meu.


Refugio-me nos livros,depois de algumas páginas saboreadas de um e de outro..quem sabe...
quem sabe?Eu mesmo não sei.E se é mesmo preciso ou provável que para estar realmente vivo é necessário o conflito:Eis aqui tudo o que me trava e entope...
Tudo que me rasga e abandona...
Uma depressão estúpida ou apenas uma consciência mais adulta do constante conflito?


Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô