Nada que eu ouça tecerá
cada grão que hoje me comprime
Todas as tuas borboletas morreram antes de nascer
E teu sexo finda na prece.Amém?
Não sei mesmo como vim parar aqui
Por um grão também?
Tão nítida como lágrima,tão rápida como o tempo da luz
Um ato interminável de covardia?
Identidade.Identidade
mostre sua carteira!Vaidade!
Só tenho um grão,o grão que resta e me esmaga
o grão que testa e me esnoba
Alimento e nojo.Piada e poesia.Escada e precipício.
Nada que eu ouça limpará cada grão expurgado
que hoje me atesta..
Meus ouvidos são plantas secas aguadas por desertos
Silêncio?
tragam-me a chuva..
Minhas fomes são grãos de girassóis
e meus olhos também surdos
são sementes de uma lua distante
Espero quieta.A lua virá me buscar.
A lua- grão -amarga acalentará meus zumbidos
A lua pátria me dará enfim de mamar
E nada que eu diga, matará os novos grãos aqui agora ,espalhados
neste sopro delicado
e isento de intenção...
Minúscula.Minúscula.Minúscula.
Flô
cada grão que hoje me comprime
Todas as tuas borboletas morreram antes de nascer
E teu sexo finda na prece.Amém?
Não sei mesmo como vim parar aqui
Por um grão também?
Tão nítida como lágrima,tão rápida como o tempo da luz
Um ato interminável de covardia?
Identidade.Identidade
mostre sua carteira!Vaidade!
Só tenho um grão,o grão que resta e me esmaga
o grão que testa e me esnoba
Alimento e nojo.Piada e poesia.Escada e precipício.
Nada que eu ouça limpará cada grão expurgado
que hoje me atesta..
Meus ouvidos são plantas secas aguadas por desertos
Silêncio?
tragam-me a chuva..
Minhas fomes são grãos de girassóis
e meus olhos também surdos
são sementes de uma lua distante
Espero quieta.A lua virá me buscar.
A lua- grão -amarga acalentará meus zumbidos
A lua pátria me dará enfim de mamar
E nada que eu diga, matará os novos grãos aqui agora ,espalhados
neste sopro delicado
e isento de intenção...
Minúscula.Minúscula.Minúscula.
Flô
4 comentários:
Quantq sacralidade num poema!
Belíssimo blog, Flô, intensíssimo poema, como de resto é toda tua poesia, que me parece habitar o espaço entre a suavidade e a fúria.
Passear pelo seu blog é entrar numa outra dimensão.
Abaço
eu adoro essa tua verve panteista, profundamente ecológica, mística, flor.
lindo texto, nosso jeito de re-ligar.
fé na poesia, nêga.
beijo
Obrigada Biagio,Gerusa e Wagner...
e muita fé na poesia mesmo...
sempre!para todos nós!
Minha (h)óstia sagrada!
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