sexta-feira, 3 de abril de 2009





Meu menino brinca com os cabelos negros
enrolados de suor...
e ainda nem sou mãe,
minha filha enterra o próprio peito
no sono dos malditos,debaixo dos tijolos da casa amarela.
Ela mata beija-flores
A gaita toca sozinha o que venho pedindo para viver há tempos
O menino não escreve em meus seios
com seus olhos duros.Ele deixa passar.
Meus bicos somem...
meus peitos desaparecem..
E todos os corações do mundo ouvem vozes desatinadas
Tudo ficou preso no latido não tido.
No quintal das ilusões hereditárias
Tudo ali, na terra infértil
Meu menino acena
E minha filha morre
sigo,corrente,azêdo e húmus.


Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô