sexta-feira, 3 de abril de 2009





Abri a porta do precipício
achei que podia conhecer a loucura e tentar ajudá-la
ajudá-la?A loucura não finge,nem ultrapassa
A loucura é fina e transparente,é fio indefinido
que se transporta entre os dedos
Não há como enganar a lágrima de um louco.
Ela é poesia.
O fingimento é calculado racionalmente quando adotado na irrealidade.
Ele é estudado.Fingir dentro do ser real é assumir um conhecimento fugidio sobre as técnicas teatrais.é limitar-se a ser farsa fora do palco,para alcançar certo público.
E este mesmo público nunca aplaude.
O espetáculo é casativo e de uma inquietude doentia,
não o tipo de provocação que sucumbe o expectador
eleva-o enquanto indivíduo.
Quando o ciclo evidencia-se fica mais fácil constatar
uma má construção deste personagem
dá voltas e voltas e não ultrapassa o próprio precipício como platéia.
Não há oscilação,se mantem a mesma linha...
Os ruídos da comunicação foram enraizados e determinados...
e a verdade da farsa se entristece.
Trabalho mal feito.


Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô