
Tua boca em respeito ao sagrado
por vezes fecha-se como concha absurda
quero pérola doce em minha língua
abre teus porões pelas frestas dos dentes floridos
conta pra mim a verdadeira história da fada dragão
conta menido de boca corada
canta sobre meu ventre tua história
por tanto guardada
aos poucos todos os inícios são a mesma porta
e aconchegas tua saliva sobre os meus mamilos entregues
famintos pelos filhos ausentes
tua boca em respeito ao sagrado silencia
esse amor,que todos os dias chove ainda
o sangue passado...
somos cúmplices da mesma dor
culpa da folha de outono...
amar-te assim...
sem compreender...
Adélia Coelho Flor 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário