terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Galope coração


Dia branco na quintura do corpo que cai amargo
Na impaciência do colo sem leite
na ignorância do pus sem ferida
Dia nada Brando...
Gostoso sentar na canoa da imaginação
e distanciar-me ao máximo
para dias mais serenos,intensos,coloridos.
quando falo da boca que olha-me como lua que sangra
falo da intenção secreta da alma em encontrar-se
em forma em outro dom.
E esse calor que não passa...
e as estrelas que esquecem de visitar-me
e mesmo sem endereço persigo tantas mariposas
inultilmente.
Tomo água nas mãos do sol
e tenho dor nas raízes desconhecidas
dia branco na fervura dos dedos
Minha hora avisa
o amor quer moradia.
Galope coração.
Adélia Flor 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô