
Dentro da bola de fogo
os grampos da escuridão
presos na cabeleira do sonho
imaculada espero meu par
aqui,dentro do maior buraco do mundo
as línguas enrolam-se entre si
como cobras sedentas por delírio
sementes de maçãs doentes
óvulos de gigantes que vivem
nas cruzes por detrás do olhos
minha vertente
é o suor sagrado de coisa alguma
órgão asexuado nas borboletas insensíveis
gosto e desgosto de um sal importado
doce seria a faísca que se perde
entre teu corpo
flamejando de desejos infinitos
dentro da bola de fogo o conflito
quero-te no entardecer de tuas bochechas alvas
onde o sol escorrendo
devolve-te a cor rosada das insinuações....
Adélia Flor 2009
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