Dia amanhecido neste corpo
ruas esquecidas
engordando êxtase antigo
cada cintura de misericódia
esperando a língua mais quente
e outra balsa maldita sufocando o orgasmo
meus dedos nem cantam mais
a solidão do portão aceso e úmido
corrompida estagnação
teus olhos não transam com minha íris
tua boca nunca beijou meu céu
e me comes comedido
e me metes entre as pernas
o teu grande perigo bandido
saia daqui falso gemido!
neste corpo de avenidas torturadas
casarios rejeitados pelo tempo
nada de surpresas,apenas "boa noite"
e minha criança beija-me a testa
hora de dormir
não,não me obrigue a isso.
...
Adélia Flor 2009
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