quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Em 2008 vivi,não fiz absolutamente nada que estivesse estritamente programado,e acho que foi isso que me deu tantos poemas.A imprevisibilidade,a surpresa,o dia,o presente!dádiva.
Sonhei o verso no palco,nos olhos do outro,levei meu canto ao tempo de outros,com sabor de mesmo vento,talvez seja pouco para muitos.Para mim foi a grande realização de 2008,sai da toca,
fiz-me conhecida na rima,tirei das agendas antigas,das novas gavetas o verso e dei parto de mim no ventre de todos.Não,não fiz curso pra isso,não,não não aprendi a sentir.Minha poesia me vem,"apenas"....ela tem liberdade de ir e vir,não forço sua barra.O tempo deveria ser assim com nossos sonhos.Mas será mesmo que podemos ter uma disciplina natural?de onde surge isso?
Não sei bem ao certo em que momento escrever passou a ser rotina feliz em minha vida,simplesmente sei que não tenho muitos planos nessa estadia,talvez meus sonhos sejam modestos diante desse caos de opções que nos encontramos ....Porém sem receio digo que ser poeta pra mim não é profissão,nem escolha,é Filosofia,lição,Missão o Dom do Hoje.
Poucos diplomas me darão a felicidade de segurar tantos filhos de uma só vez no coração.
Poucos empregos me farão tantas carícias na alma.
Essa é minha ilusão consciente:a arte de estar aqui e cantar o instante como diria Cecília Meireles
"eu canto porque o instante existe,não sou alegre nem triste sou poeta"...
Assim sigo sem tempo definido,salvando a arte que me vaza do fundo nesses dias de Natal turbulentos.
Flor
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô
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