terça-feira, 18 de novembro de 2008



"Não sei.De quase tudo não sei nada.
O anjo que impulsiona meu poema
não sabe da minha vida descuidada.

A mulher não sou eu.E pertubada
A rosa em seu destino,eu a persigo
Em direção aos reinos que inventei."

Hilda Hilst



E do azul que forma minhas asas
admito o desespero de ser água
não posso alçar vôo longe
dentro de mim nadar sem espada
dentro de mim mergulhar em fada
e do azul que deforma minha cauda
revolto a causa desta morte
meu corpo animal estranho em mim
debate-se como que soubesse a distância do seu ninho
E do azul que delata meus poemas
arranco meus cabelos e presenteio o mar
desta mesma cor que devora meu sexo
concebo das nuvens o gôzo
suspiro na pele da onda lunar.


Flor

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô