quarta-feira, 24 de setembro de 2008






Em meus dedos o feto da terra
minúsculo molusco de sangue
prematura extensão de todos os óbitos
minha coragem é ordinária
espalho a tinta vermelha
suaviso o ventre com linhas
e sem dormir transcendo deste real
ao abrir as páginas insolentes de meu destino(desatino)!
Em meus dedos o feto da terra
Em minah boca está faltando um céu
mas as estrelas tilintam tontas
emancipando o trivial
estrelas fulminantes que sorriem de banda
pedindo(polindo)outro orgasmo...
esculpindo sucos desta mesma terra
de onde meus fetos ingênuos segregam as cores do sangue.



Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô