sábado, 23 de agosto de 2008




Para uma língua Virgem


*Uma Língua cheia de corações
poluída de amores insanos
molhada inssurreição
constante abnegação
tua boca porta estandarte do caos
entrada de húmus de hímens de homens
antes,quando era só manhã,todas as virgens da aurora escondiam
seus decotes mais sutis,desconhecia-se a dor,
não adentrava-se ainda nos abrigos mais íntimos
o amor,não tinha libertado as correntes e a língua,vazia,seca,ansiava as dores
sem nem saber...Mulheres de buracos distintos
beatas de trajes vencidos
seguiam,rezavam,excitavam...
a língua queria desenhar ,viu-se inteira noutra cais
ali,completa,escorrendo pelos cantos o gosto
ali deserta e humanamente possuída
a língua consentiu com o Gôzo.
e quando aquela dor desconhecida
espalhou-se por todo corpo
soube-se Mulher.
para sempre dor?
não,para todo agora
uma língua cheia de corações.

Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô