segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Não mereço mesmo versos de amor
não mereço outras palavras entediadas do tempo
referindo-se a mim,como suposta chave ao não lamento
não mereço as flores de outro olhar
nem as irradiações precoces das rimas comedidas
não mereço o verbo translúcido das faces poéticas
não mereço uma declaração isenta de burocracias
não mereço mesmo versos de amor
porque servir de inspiração é degradação lenta
servir de desejo por paiasagens é humilhação grandiosa
não mereço versos de ódio,nem rancor
porque tamanha verdade mataria a doçura desta ingenuidade
essas palavras soam vôos absurdos...que cantarolam minha eterna verdade
não mereço estes poemas,e os tantos que já me presentearam
não mereço aqueles que nem me mostraram,até hoje nem mereço a intenção
quanto mais a feição de letras transformadas em pássaros..
não,não e não...
não sou merecedora de uma nova tonalidade de azul,feita só pra mim.
não merece esta minha vaidade.não.
Flô
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô
Um comentário:
Flor, por que teu blog mostra o histórico em cima e não de lado?
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