segunda-feira, 18 de agosto de 2008


Cada traço de madeira demarcava o território da tristeza
deitava meus punhos exaustos sobre a mesa,meu cabelos tensos
despertavam os desejos destas almas mouribundas
Transava em respeito aos ócios destes fluxos penetrantes
neste lar de esferas mórbidas faço e desfaço meu corpo em diamante
Cada linha do tecido costurava o itinerário da tristeza
chorava meus seios doloridos sobre os colchões turvos da beleza
sugavam-me os líquidos restantes de qualquer noite hesitante
Gozava em detrimento aos laços destas peles flamejantes
nesta espaçonave de estrelas tontas bebo deste telhado ambulante
este céu que tem meu teto fechado..e suas formas de nuvens presas
e suas formas de brilhos invisíveis...
meu azul secou,minha noite é apenas um gole lento e absurdo de vinho ruim
de uma tinta fresca e serena,a tinta destes meus versos sempre errantes.
Flô(adélia coelho)

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô