sábado, 23 de agosto de 2008






Entre o verde alto que te espera,avisto:Tuas ondas poéticas

...

Amo-te desde antes, quando a invenção da primavera
não estava programada
Amo-te em cada grão de olhar que depositas sobre minhas mãos
Sou Vítima desta culpa
A culpa de ter todo esse amor por ti
e nunca,talvez nunca mesmo
saber enfim quem és
Amo-te nas palavras incertas dedilhadas no sonho
Amo-te quando me sorris com um silêncio
grandiosamente Florido
Amo-te quando as folhas percebem nosso caminho juntos
Amo-te com tamanho desespero
que as mãos da água pousam sobre mim
acalentando meu céu
Amo-te quando te despes de tuas estrelas
escrevendo com as unhas em minhas costas
o trajeto da natureza
Amo-te quando surpreende-me a dançar pelas notas da chuva
chamando-me
buscando-me
Amo-te quando o deserto atravessa teu alimento
e tu e fala de todas as tuas pedras
Amo-te quando teu simples olhar investiga e traduz
a noite que há em meus olhos
Buscando a candice da lua...
assobiando versos pra Lua
em meus ouvidos
Amo-te, devagar e silenciosamente
Pois ainda não te conheço
Amo-te com loucura e urgência
porque dentro de mim,tu dorme há milênios
quebrando tuas ondas em minha cintura enfeitiçada
Espero uma noite apenas,onde as águas dos teus olhos
molhem minha língua
acendendo as sonoridades
deste nosso tempo.
Espero.


Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô