terça-feira, 8 de julho de 2008






Sobre uma mãe Maria


Maria,tinha uma necessidade de atenção sobre humana
qualquer pessoa que se aproximasse de sua Filha Sofia,era uma grande ameaça
todos na sua concepção a enxergavam como uma pessoa má,há uma rejeição congênita em seu peito...Mesmo não fazendo o mal conscientemente Maria exerce um poder negativo de carga pesadíssima em Sofia.
Uma mãe que chama a filha através de todas as suas mais íntimas personagens,querendo luz e diálogo ela precisa ser o foco,seja qual for a situação.É impulsiva,injusta,imediatista,explosiva,etc.
Como podem ser tão diferentes?E como ela ditando todo esse amor por Sofia pede a mesma que tenha o mesmo destino que ela?Não entendo.Os amores,todos eles os eternos e fulgazes que habitam o coração de Sofia doem em Maria como uma constante ameaça.Como se ela colocasse sempre em chequa seu amor materno.
Deve ser exatamente por isso que Sofia demora tanto a acreditar que alguém pode amá-la de verdade,esta desconfiança é alimentada na progressiva insegurança,no dessassosego emocional.
Maria escolheu então o Vazio?Ou o vazio a escolheu?
Como pode Sofia ter tanta revolta e raiva de alguém que tanto ama,e que tanto tem medo de perder?Natureza mórbida.
Em Maria,o oco gera a expectativa do público-o sufocamento do TUDO-
o amor exagerado roubou-a a própria liberdade,as asas se desfaleceram pois permaneceram apenas no sonho...
e hoje suas poesias estão engavetedas,assim como sua vontade de viver,guardadas em caixas de madeira antiga.
Sofia enxerga e nem sabe até que ponto é mesmo saudável compreender tudo que se passa com a mãe,pois possui uma dor inerente e sempre na iminência de rulminar...Existe um segundo plano que não chega,com todo consentimento da mesma culpa.essa palavra tão peculiar de mARIA: CULPA-por vezes Sofia tem a impressão que está sendo tão displicente consigo mesma quanto a própria mãe.Será?E será que não é bastante cômodo para a mesma justificar suas falhas
e covardias em cima de uma situação que não deveria definir todo o resto de seu destino?Ordenando seus passos....
Quanto mais lenta Maria torna-se mais sua filha esconde-se em sua farsa ritmada,sua frustração pelos amores fracasados,deixado sempre pra tras,pelos sonhos renegados pelo medo,pelos afetos rejeitados em detrimento de uma solidão antiga,acomodada.
A vida de MARIA sofrida ou não,ela a fez.E se não mais o faz,
lamentamos tanto,mas não pode Sofia seguir seu exemplo de estagnação congênita.
Jamais.
jamais.


Adélia Flô

Um comentário:

No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos disse...

"E hoje suas poesias estão engavetedas,assim como sua vontade de viver,guardadas em caixas de madeira antiga."

é muito talento...
é muito sangue e sentimento,nem sei o que mais comentar mas esse ponto foi o que mexeu mais comigo!!
Continua porque a vida é dos bons...
E vc é uma das pessoas melhores que eu já conheci!!
Te amooooooooo

TERESA.

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô