terça-feira, 8 de julho de 2008







Minhas pupilas não dilatam
e procuro os restícios
de minha saudade
em teu peito estático
teus galopes desaceleram
a cada prova de beijo
não sabemos mais amar
desaprendemos
a soltar rojão
que nos permitiam
existir plenamente por instantes
Busco em teus rios castanhos uma ponte
não há luz em minha direção
será que o que temos é pouco?
onde estão os teus poemas de amor?
não meu amor,não estamos apaixonados
porque o amor pede sofrimento
e não o temos.não?
o amor pede olhar sem véus
temos todos eles.temos?
o amor pede uma simplicidade
que não enxergamos quando estamos juntos.cegos?
o que fazemos juntos então?
não meu querido, não vejo sentido nisso
construção do acaso apenas?
curativos para nossos amores antigos?
e isso dá mesmo certo?
tenho minhas dúvidas.
havemos de nos distanciar
porque no silêncio
saberemos todas as respostas
mas não podemos simular nossos sentidos
estimulando uma paixão
que talvez não queiramos saber o significado
paixão arde cedo,uns dizem=fulgacidade
mas breve sabemos que tais sintomas biológicos
despertam-se porque projetamos na imagem e ação do outro
os nosso pedaços iluminados
que pensamos ter perdido nos relacionamentos anteriores
não perdemos nada nunca
mas se perde tempo quando se trata de um ensaio.
E no ensaio não se há de fazer de verdade?
a verdae vem apenas na estréia?
e quem marca a data deste espetáculo?
podemos apresentá-lo no dia que quizermos?
na hora que nosso coração se der conta
que pode acelerar-se aos poucos
para não mais morrer de amor?
e que graça terá amar
se não for para morrer de amor:?
diga aos seus passos em falso
que quero pôr do sol
quero nuances mágicos
quero sair de meus poemas e vivenciá-los
fazendo o possível para conservar
na essência da realidade
esse meu romantismo.
Ele é meu,não abro mão.

Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô