terça-feira, 15 de julho de 2008





A buscar-me no outro o tempo todo


Bato na porta do teu olhar tantas vezes
por que o medo de perder?
Se nego-me a achar ,a perceber...
Será?
A chuva nunca fez-me bem mesmo
nunca pude tocá-la sem amarras
Virei um toco de Sol
que só ilumina aos outros
pouco lembra-se de nascer em si mesmo
quer nascer o tempo inteiro no corpo e na alma do outro
quer nascer o tempo inteiro e morre todo dia
a cada nova lua
percebe sua infinda agonia
nenhum outro jamais
póderá para ela
transformar noite em dia
sentimento impossível
como uma masturbação lenta e demorada
a espera árdua do prazer
para preencher as entradas do vazio
mORRENDO,morrendo do veneno do outro
Despindo-se e humilhando-se ao seu próprio medo
ante o escuro alheio
minha escuridão conheço bem
e nigupmé mas tem o direito de tocá-la
acender qualquer fogueira
porém sei que devo reparar bem no Brilho dos instantes
Rir e chorar...
Sou eu...
vermelho/amarelo/alaranjada!
a buscar-me o tempo todo!

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô