terça-feira, 15 de julho de 2008









Admito os teus olhos rabiscados ditando
os traços absurdos do ceticismo
caladas restrições de abrigos feridos
teu sorriso menino bandido
pertubando minhas frestas agitadas
em qualquer madrugada bêbada de ilusões
encontro teu cheiro e tuas letras comedidas
controlando o perigo,contornando as fachadas
Admito os teus olhos desenhando as brincadeiras mais puras
imagens que se projetam no abraço terno da imaturidade
desequilíbrios nas ruas imaginárias do nosso romance
Quedas livres de gargalhadas quentes
latente vontade de beber todos os vinhos com você
todos os gostos descobertos em noites libertas
todas as chances encobertas nas páginas dos outros livros
Admito teu olhar rabiscado desordenando minha veia
abstraindo meus verbos frágeis
traduzindo,mesmo sem me olhar
Envolvendo sem perceber
AMANDO-ME SEM QUERER....
quase sem querer...
Rabiscos..
apenas....
nossos rabiscos....


Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô