terça-feira, 1 de abril de 2008


Sobre a volúpia 2



Quero viver o meu amor fora dessas páginas
quaro viver o meu amor real!
meu esperado amor leal!
respiro,acalmo-me,minha letra muda e a lágrima fica suspensa no gôzo.
quero gozar para fugir de meu tédio apavorante.
quero gozar para escrever sobre a dor de ser usada.
QUERO SENTIR-ME PROMÍSCUA EM TUA MESA
sucumbir teus poros fétidos de ingênuas certezas
quero sangrar em teu pênis como passarinho cantante
que desfaz seu ninho ao aprender a voar
sugar seu néctar alcoólico de prazeres surdos!
eu não posso gritar!os vizinhos me podam!
os vizinhos me reprimem!
Nunca pude abrir as janelas
Assim criei todos os pássaros dentro de mim..
socorram as asas!!
o canto já empalideceu os amores esquecidos!
sobre a dor de ser usada sei bem constatar
todos os gritos bandidos no ouvido da madrugada
que em chamas guardava apenas os môrnos gemidos de bis...
uma noite é pouco para colorir todo o castelo sombrio
da infelicidade triunfante
uma noite inteira dentro de outro corpo
e acordo com menos ainda de mim...
vã ilusão:que o corpo pode submerger a alma
iminente declíneo quando partimos em busca de nossa voz deturpada
liberem liberem a moça!!sua pureza é inocente ela não tem culpa de nada
a semente continua intacta...

Adélia Coelho abril de 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô