terça-feira, 1 de abril de 2008




Sobre a volúpia 1



Ando triste,não percebo que alguma nuvem longínqua me percebe,percebe meu potencial,e no que tenho de mais frágil,minha vontade de amar de encontrar alguém que me enxergue.a impressão que tenho é quanto mais transparante fico mais invisível me torno.As pessoas não me notam por me notarem demais,a ânsia deve ser mesmo o verdadeiro caos,a maçã pecadora de nada tem a ver com o adiamento das estrelas.a maçã Volúpia-Fruto só gostaria de ser tocada e saboreada com mais doçura.Quem compreende a Flor de um Fruto?quem?tenho andado triste e sei bem porquê,percebo algumas pessoas e a vontade dilacerada-acelera o susto-E TODOS FOGEM DA CHUVA!ócio ânsia ócio ância ócio ânsia...peito escarno dolorosa integração da borboleta que vem dentroquando partimos então nossa maçã.A alegria desnaturada da minha intrínseca dor,disfarça apenas os rios de pouca profundidade.Sou a personagem do sol,que só sabe brilhar a noite;quando diante das letras dilata seu estardalhaçoem pequenos corações-a energia que todos vêm são as faíscas de um fogo que não é somente meu.O que farei amanhã quando ainda sobrar-me tempo? Sentar-me-ei então na loucura de sentir todo esse sol na lua..e escrever,escrever, escrever....incandescer de todas as auroras ausentes,de todos os copos latentesdessa psicografia que grita em minhas maõs, desse orgasmo poético entranhado em meus dedospreciso emergir desse papel alucinado!tragam-me a tinta do real!

Adélia Coelho abril de 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô