sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

PORQUE SEMPRE NOS RESTA ALGO...


Resta


Resta a mudança dos móveis de lugar

Resta a limpeza compulsiva

resta a geladeira corrompida

resta a madrugada febril

resta o dia que o verso volta

Resta as cores desbotadas da arte

resta a capacidade de recosntituição dos ócios(ossos)dos ofícios sem leis...

resta o não restar de amor algum

resta o descontente estar entre mentiras ambulantes no asfalto

resta se negar a usar o salto

resta colocar um bom som bem alto

resta ir ao cabelereiro mais próximo

resta a lua mais distante

resta os cachorros da rua

resta as pinturas de bonecas nuas

resta o óleo pós banho de maracujá

resta o filme espanhol que faz chorar

resta meu santo lacto purga

resta Cartola e Pinxinguinha A cantarolar...

resta os restos que me dóem e me elevam

restos de mim e dos outros

que me reconstituém....

porque eu me rendo

me rasgo

me resto...

Resta esse momento de iluminação em Sombra.

adelia coelho 2008

Um comentário:

No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos disse...

ESSA É MINHA FILHA QUE O UNIVERSO ME DEU..QUE FOTO MAIS LINDA!
MARIA TERESA!ELA É MUITO FOFA!

EU fLOR

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô